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Centenas de pessoas marcharam em Lisboa pelos direitos dos animais

A Marcha Animal 2016, que teve como mote "A tortura não é cultura", juntou centenas de ativistas nacionais, bem como organizações não governamentais internacionais, em prol de uma causa comum: os direitos dos animais.

Centenas de pessoas reuniram-se este sábado no Campo Pequeno, junto à Praça de Touros, pelas 15h, para participarem na Marcha pelo Direito dos Animais, que teve como destino a Assembleia da República.

Munidos de cartazes com palavras de ordem como “nem mais um touro na arena”, “todos diferentes, todos animais”, “abandono é crime”, os manifestantes exigiram respeito pelos direitos dos animais.

“Viemos pedir mais e melhor proteção para os animais, para todos, porque a Animal é uma organização orientada para a defesa dos direitos dos animais”, embora este ano exista um enfoque particular na tauromaquia, afirmou a presidente da Animal, Rita Silva, em declarações à agência Lusa.

Brevemente serão discutidas na Assembleia da República duas petições promovidas pela Animal que exortam o Governo português a acatar as recomendações das Nações Unidas, impedindo os menores de 18 anos de trabalhar na tauromaquia ou assistir a espetáculos tauromáquicos, e a proibir as subvenções para a atividade tauromáquica, que Rita Silva estima ascenderem a 16 milhões de euros por ano.

“Estamos a pedir que quem organizar touradas que as pague e vamos ver quanto tempo é que subsistem”, frisou a presidente da Animal, lembrando aos apreciadores destes espetáculos que “este é um exercício de sofrimento” e apelando a “que se coloquem no lugar daquele animal, que não escolheu estar ali e está a ser seviciado apenas para entretenimento”.

A Marcha Animal contou com a participação do Bloco de Esquerda, que fez questão de mais uma vez estar presente nesta iniciativa anual em prol do bem-estar dos animais.

Esta é uma participação em linha com as iniciativas legislativas que o Bloco tem promovido na Assembleia da República, nas Assembleias Municipais e também em diversas ações dos ativistas do Bloco pelos direitos dos animais, contra os maus-tratos, os espetáculos circenses com recurso à exploração animal e contra a tourada, um pouco por todo o País.

No próximo de 11 de abril, segunda-feira, a Animal promove uma audição pública intitulada “Dinheiro público e tauromaquia: uma relação com fim à vista”, que contará com as intervenções da presidente da organização, Rita Silva, de Sergio García Torres (Plataforma La tortura no es cultura), Abel González Ramiro (alcalde de Guareña), André Silva (PAN), Joaquim Correia (PEV), Pedro Delgado Alves (PS) e Pedro Soares (Bloco).

A iniciativa terá lugar no Centro de acolhimento ao cidadão da Assembleia da República (porta lateral), entre as 15h e as 18h.  

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