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Centenas de pessoas dizem não à exploração de petróleo no Algarve

Este sábado, perto de três centenas de pessoas participaram num cordão humano à volta da Câmara Municipal de Aljezur em protesto contra a exploração de petróleo e gás natural na região do Algarve.

“Este cordão humano de hoje é um apelo ao Governo de António Costa e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa para saírem do sono profundo em que se encontram em relação à exploração de petróleo e gás natural na região do Algarve”, afirmou João Martins, do Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP), em declarações à agência Lusa.

“Quando foi o próprio responsável da Entidade Nacional para o mercado dos combustíveis, Paulo Carmona, a dizer que estes contratos têm irregularidades, só há uma coisa a fazer: parar já com estes contratos e ir ao encontro das expectativas legítimas das populações do Algarve”, destacou o responsável, defendendo que a atividade de exploração petrolífera no Algarve é “um crime público”.

A iniciativa, organizada por várias associações da região e pelo Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP), contou com o apoio da autarquia: “A Câmara Municipal de Aljezur aderia a esta forma tolerante mas determinada para dar um grande cartão vermelho à exploração de hidrocarbonetos no Algarve, em terra e em mar, mas muito particularmente para apelar a esta discussão pública em curso até dia 22 (junho) para evitarmos o primeiro furo na bacia do Alentejo, ao largo de Aljezur”, afirmou José Amarelinho.

“Obviamente poderemos estar quase, quase, a ganhar uma batalha que tem a ver com o ‘on-shore’ [terra] mas esta batalha no mar não é de todo uma batalha perdida”, acrescentou o autarca.

Os movimentos envolvidos na luta contra a exploração de hidrocarbonetos no Algarve garantem que vão continuar a promover protestos e ações de sensibilização da população e apelam “ao Governo Português que diga um rotundo não à exploração de petróleo e gás nas regiões a Sul de Portugal”.

“A decisão do Governo Português de assinar as orientações da COP 21 em Paris no sentido de mitigar os impactos desastrosos à escala planetária resultantes das alterações climáticas exige dos nossos governantes mais do que discursos bonitos para agradar às populações decisões práticas que alterem a evolução desastrosa do paradigma energético e o consequente retrocesso civilizacional para as regiões do Algarve e Alentejo”, salientam.

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