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Catarina solidária com vítima de assédio moral na Vigiexpert

A coordenadora bloquista esteve na concentração de solidariedade com Eugénio Rego, o vigilante castigado pela empresa por recusar uma escala com 12 horas diárias pagas abaixo do que o contrato prevê e que agora foi suspenso por denunciar esse assédio moral.
Eugénio Rego, Catarina Martins e José Soeiro na concentração de solidariedade com o vigilante vítima de assédio moral da Vigiexpert. Foto Esquerda.net

A concentração de solidariedade realizou-se esta sexta-feira em frente à sede da empresa, em Alfragide. Além dos bloquistas Catarina Martins e José Soeiro contou com a presença de deputados de outras bancadas da esquerda, como Sérgio Monte e Miguel Costa Matos (PS), Alma Rivera (PCP), Rui Tavares (L) e da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

Esta foi mais uma ação de denúncia promovida pelo STAD sobre o caso do vigilante castigado pela Vigiexpert porque “dentro daquilo que é legítimo e que são os seus direitos, recusou fazer um horário de 12 horas e receber as horas extraordinárias abaixo do previsto no contrato coletivo de trabalho”, disse à agência Lusa o vice-coordenador do sindicato, Rui Tomé. Na quinta-feira, o sindicato anunciou que o trabalhador foi suspenso e alvo de um processo disciplinar por ter denunciado publicamente o que a empresa lhe está a fazer.

Em declarações aos jornalistas, Catarina Martins chamou a atenção para os constantes "abusos dos direitos do trabalho na área da vigilância" e da responsabilidade do Estado enquanto entidade que as contrata. Como os concursos estão feitos para que ganhe "a empresa que cobrar menos", o resultado é "uma concorrência para baixo nos salários e direitos". Ou seja, prosseguiu Catarina, "aparecem empresas de vão de escada que fazem o seu negócio não cumprindo a lei no que diz respeito aos salários e aos direitos dos trabalhadores, e esta Vigiexpert é uma dessas empresas que abusam e que nem devia estar a funcionar".

 Concentração em frente a sede da Vigiexpert esta sexta-feira. Foto Esquerda.net

A coordenadora do Bloco condenou a retaliação da empresa contra o vigilante, ao colocá-lo a guardar três lugares de estacionamento vazios entre a meia noite e as oito da manhã, ao frio e à chuva ao ar livre e sem instalações sanitárias, e afirmou que Eugénio Rego, à semelhança da corticeira Cristina Tavares, é um exemplo por "aguentar este assédio moral mantendo a exigência do seu posto de trabalho e fazendo toda esta luta".

"Cada um destes trabalhadores que se levanta está a levantar-se em nome dos direitos de todos", concluiu Catarina Martins.

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