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Catarina: “Seremos rigorosos com aquilo que acordámos”

Numa visita a uma feira agrícola em Rio Maior, Catarina Martins lembrou o saque fiscal à classe média nos últimos anos e mostrou-se segura de que o caminho da recuperação de rendimentos irá continuar em 2017.
Foto Paulete Matos

A porta-voz do Bloco de Esquerda visitou este domingo a Feira Nacional da Cebola em Rio Maior para “renovar o desafio político” na sessão legislativa que agora se inicia, com “uma aposta nos circuitos curtos dos produtos agrícolas, de consumir o que é produzido cá”, tendo em conta que “a produção agrícola em Portugal tem vindo a ser esmagada pela grande distribuição”.

Questionada pelos jornalistas sobre recentes afirmações da líder do CDS, que acusara o governo de ir buscar dinheiro à classe média, Catarina Martins lembrou que “nos últimos três anos houve um brutal aumento de impostos sobre a chamada “classe média”: mais de 3 mil milhões de euros foram retirados às famílias”. Pelo contrário, prosseguiu a porta-voz bloquista, agora existe um “compromisso com recuperação de rendimentos” que passará no próximo ano pela eliminação completa da sobretaxa, mais progressividade nos escalões do IRS e a proteção das pensões e das principais vítimas da crise.

“Sabemos que o PS está preocupado com constrangimentos orçamentais europeus, porque assinou com a direita o tratado orçamental, e nós achamos que isso foi um erro”, prosseguiu Catarina, acrescentando que “o Bloco tem 10% e com a força que temos fazemos o melhor que podemos para travar o empobrecimento em Portugal”. Por isso, concluiu, “seremos rigorosos com aquilo que acordámos e estou convencida de que conseguiremos fazer um Orçamento para 2017 que cumpra o nosso acordo”.

“Passos Coelho compreende que a visão que tinha para o país falhou"

Catarina respondeu ainda às novas previsões catastrofistas do líder do PSD. “A cada mês que passa, Passos Coelho vê uma catástrofe à vista para o nosso país. Nós queremos o oposto de Passos Coelho: queremos combater as rendas aos privados para que a energia possa ser mais barata para todas as famílias, queremos combater rendas aos privados na saúde para proteger o SNS, queremos proteger o sistema público de pensões. Isto é o oposto do que a direita fez”.

Para a porta-voz do Bloco, “Portugal experimentou a receita da direita e isso deu um desemprego enorme, umas contas públicas mais frágeis, dívida pública a aumentar, um sistema financeiro cada vez mais frágil e a causar problemas para a economia”. E isso justifica a atitude do líder laranja desde o chumbo da sua proposta de governo pelos deputados: “Passos Coelho compreende que a visão que tinha para o país falhou, as pessoas escolheram outra e agora far-se-á outro caminho”, assinalou Catarina Martins.

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