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Catarina: “É preciso começar projetos de housing first na Madeira"

Em visita ao projeto Casa, no Funchal, Catarina Martins afirmou que “é muito difícil compreender que o Governo Regional fale todos os dias dos milhões do PRR e que seja tão difícil encontrar respostas sociais adequadas para as pessoas que estão em situação mais vulnerável”.
Catarina Martins na Madeira. Fotografia: Homem de Gouveia/Lusa

Catarina Martins está no arquipélago da Madeira onde visitou esta segunda-feira, no Funchal, a associação Casa, que presta apoio a pessoas em situação de sem abrigo e fornece também apoio alimentar a famílias em situação vulnerável.

A bloquista, que destacou a vertente inovadora deste projeto, considera que “as pessoas que estão em maiores dificuldades precisam de apoios que respeitem a sua autonomia, que lhes permitam encontrar emprego e refazer a sua vida.”

A estratégia nacional para a integração das pessoas sem abrigo passa pela disponibilização de projetos de “housing first”, ou seja, por assegurar habitação digna a pessoas sem abrigo. Catarina lamentou que esta resposta não tenha ainda chegado ao arquipélago da Madeira, e apelou à sua implementação. Destacou também o trabalho do projeto Casa que, “não sendo housing first, é um projeto já muito próximo dessa ideia de autonomia e dignidade para as pessoas sem abrigo”. E acrescentou que “é muito difícil compreender que o Governo Regional fale todos os dias dos milhões do PRR e que seja tão difícil encontrar respostas sociais adequadas para as pessoas que estão em situação mais vulnerável”.

O projeto Casa disponibiliza também apoio alimentar a famílias em situação de vulnerabilidade social. A este propósito, Catarina Martins recordou que “a alimentação em Portugal subiu bem acima da inflação". "E nós sabemos como na Madeira, devido aos custos da insularidade, a alimentação é ainda mais cara do que no continente", continuou.

Na Madeira, há “um problema grave de falta de apoios sociais, de salários muito baixos, de pensões muito baixas, de enorme precariedade, ao mesmo tempo que o preço dos bens essenciais continua a aumentar”, pelo que é “fundamental que haja respostas não só de controlo dos preços dos bens alimentares mas também respostas de reforço do apoio social a quem precisa e de melhoria dos salários”, referiu. 

Esta Região Autónoma sofreu um forte impacto no turismo por causa da pandemia. Agora, “o turismo está a recuperar. Ainda bem. É preciso os salários melhorem também”, concluiu a coordenadora bloquista. 

Eleições no Brasil

À margem da visita ao projeto Casa, Catarina Martins foi questionada sobre as eleições no Brasil, decorridas no dia 2 de outubro.

A este propósito, Catarina Martins afirmou que “Lula ganhou as eleições. Bolsonaro perdeu”. "Vamos agora a um segundo turno e estou em crer que Bolsonaro será derrotado e que a sua política desastrosa de violência – genocida até – será derrotada e que Lula possa ganhar as eleições neste segundo turno como já ganhou no primeiro”, acrescentou.

A coordenadora bloquista recordou que, nos quatro anos de governo de Bolsonaro, se registou “um aumento enorme da violência no Brasil, um desmatamento da Amazónia, uma ação genocida, retirando até às pessoas o direito a terem oxigénio quando estiveram com Covid”. 

“Bolsonaro é um presidente genocida, perdeu no primeiro turno e vai perder no segundo”, considerou Catarina Martins. 

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