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Catarina diz que medidas do governo não respondem aos problemas diagnosticados

No congresso do PS, o primeiro-ministro diagnosticou a existência de problemas estruturais na habitação, Serviço Nacional de saúde e estabilidade laboral mas “é preciso a coragem de medidas que vão à raiz dos problemas” respondeu Catarina Martins durante o primeiro dia do Fórum Socialismo.
Fórum Socialismo 2021.
Fórum Socialismo 2021.

Um “espaço da democracia” e um “momento de encontro e de debate”, feito “com toda a segurança”, de forma repartida, um dia em Braga, outro em Almada, para limitar as deslocações. Assim descreveu Catarina Martins o Fórum Socialismo no final do seu primeiro dia.

A dirigente bloquista foi questionada sobre a intervenção de António Costa no Congresso do Partido Socialista e começou por reconhecer que há “uma parte do diagnóstico comum”, que “a pandemia destapou crises estruturais do nosso país”. Mas, para ela, “há uma lição a tirar” desta situação que faltou no diagnóstico do chefe do executivo: “o facto de atrasar medidas ou ter anúncios de medidas que não chegam ao terreno é também agravar a crise”. Por isso, ao ouvir “as preocupações muito justas sobre habitação, Serviço Nacional de Saúde ou trabalho”, Catarina Martins lembra-se “que as medidas que o governo colocou no terreno até agora e aquelas que estava a preparar de facto não respondem aos problemas que são diagnosticados”.

A dirigente bloquista afirma que “para além do diagnóstico” são precisas “medidas concretas, estruturais, para combater as desigualdades e problemas do nosso país”. “Se fazemos o diagnóstico de que há problemas é preciso a coragem de medidas que vão à raiz dos problemas”, vinca.

E exemplifica com duas áreas: o Serviço Nacional de Saúde e as questões laborais. No primeiro caso diz que “precisaremos de fazer muito mais para ter um programa de recuperação para todos os cuidados não-Covid e para garantirmos naturalmente que estes profissionais que estão exaustos que tenham o apoio que precisam no seu trabalho”.

Quanto à segunda questão, “nenhuma das medidas” que o governo apresentou na Concertação Social “terá depois uma repercussão concreta na vida concreta das pessoas”, “nenhum trabalhador precário em Portugal verá a sua situação mudar com as medidas que o governo propõe neste momento”.

A porta-voz bloquista assegura, porém, que o “Bloco de Esquerda mantém a mesma disponibilidade e o mesmo compromisso” para dialogar e que o foco “é responder às desigualdades e aos problemas estruturais do nosso país”. Só que “para isso será preciso mexer no trabalho, na Segurança Social, na Saúde e ter transparência na forma com as decisões são tomadas e como o investimento no país é feito”.

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