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Catalunha prepara-se para eleições em maio

O presidente do governo catalão assumiu a rotura com os parceiros de governo da Esquerda Republicana. Quim Torra promete convocar eleições após a aprovação do orçamento.
Quim Torra durante a declaração desta quarta-feira. Imagem do vídeo publicado pela Generalitat.

Numa declaração feita esta quarta-feira na sede de governo da Catalunha, Quim Torra deu por esgotada a atual legislatura e atacou os parceiros da Esquerda Republicana (ERC) por não terem desobedecido à ordem da Junta Eleitoral que lhe cassou o mandato de deputado. “Nenhum governo pode funcionar sem unidade, sem uma estratégia comum e partilhada em questões fundamentais, e sem lealdade entre os seus parceiros”, afirmou o líder do governo catalão.

Dando por esgotado o percurso político da atual legislatura, marcada não só pela crise política e a repressão do Estado espanhol, mas também por sucessivos impasses políticos que têm impedido a aprovação de Orçamentos nos últimos anos, Quim Torra anunciou que irá marcar eleições após a aprovação do Orçamento para 2020, cuja proposta o governo irá aprovar esta tarde.

Segundo a imprensa catalã, o calendário parlamentar prevê o início do debate em meados de fevereiro e a votação final no início de março. Se Torra cumprir a promessa, os catalães regressarão às urnas em maio.

Apesar de se encontrar na prática demissionário, Quim Torra assegura que irá ao encontro marcado com o primeiro-ministro Pedro Sánchez para o dia 6 de fevereiro. O encontro realiza-se no âmbito da “mesa de diálogo” que o governo espanhol promoveu como moeda de troca pelo apoio da ERC à investidura do primeiro-ministro.

Na primeira reação à declaração de Torra, o novo líder do grupo parlamentar do Unidas Podemos no Congresso espanhol, Jaume Asens, considerou que “Quim Torra escolheu uma saída digna” e que é preciso agora “reverter uma década de cortes e devolver a voz à cidadania catalã numa nova etapa de diálogo aberto”.

 

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