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Catalunha: Ex-deputada refugia-se na Suíça

“Estamos a ser perseguidos por uma ação estritamente política, aqui não houve nenhuma rebelião armada nem violenta”, afirmou Anna Gabriel esta quarta-feira em entrevista à TV3 desde Genebra, justificando a sua ausência na audição no Tribunal Supremo com a inexistência de garantias de um julgamento justo.
Anna Gabriel abriu a hipótese de pedir asilo político à Suíça, caso o juiz Pablo Larena decida solicitar a sua extradição. Para já, o juiz emitiu uma ordem de detenção para a ex-deputada, válida apenas para o território espanhol. Um eventual pedido de extradição estaria à partida condenado ao fracasso, uma vez que não existe base legal na Suíça para os delitos políticos de que são acusados os dirigentes dos partidos e organizações independentistas catalãs.
Para a CUP, a ida de Anna Gabriel para Genebra é um passo para “desdobrar a estratégia” de defesa, expondo internacionalmente o processo político em curso nos tribunais espanhóis. Outra ex-deputada deste partido, Mireia Boya, também acusada dos mesmos crimes, na sequência do referendo e da declaração de independência lida no parlamento catalão, foi ouvida na semana passada pelo juiz Pablo Larena e saiu em liberdade.
“Uma das coisas que vamos aproveitar para denunciar é que aos olhos dos meios de comunicação que trabalham para construir a opinião pública, nós já somos culpados”, afirmou Anna Gabriel à TV3, acusando o governo e os media de estarem a trabalhar “para que a prisão seja uma situação normal” para os políticos inependentistas.
"Des d'aquí puc contribuir a denunciar la situació d'excepcionalitat que en aquest moment al principat abasta a tantíssimes persones" #NiUnaMés
Pots veure l'entrevista sencera a @AnnaGaSabate aquí https://t.co/uvrdBHWosZ pic.twitter.com/W5cqMijAjW
— CUP Països Catalans (@cupnacional) February 21, 2018
“Querem liquidar-nos e humilhar-nos, fazer de nós um exemplo”, prosseguiu a ex-deputada que é uma das figuras mais populares da CUP, o partido anticapitalista que deu apoio parlamentar ao governo de Puigdemont destituído em outubro. de 2017. Dois meses depois, a CUP acabaria por ser penalizada eleitoralmente, passando de dez para quatro deputados.
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