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Catalunha: Dilma, Gerry Adams e Lobo Antunes apelam à amnistia

Em defesa de um processo de diálogo na Catalunha, 50 figuras da política e da cultura internacional apelam ao governo espanhol que ponha fim à repressão política com a amnistia dos presos do “procés” catalão.
banca de assinaturas pela amnistia dos presos políticos catalães
Foto Dani Codina/Òmnium - Flickr

O apelo publicado no site do Òmnium Cultural dá os exemplos do Quebec e da Escócia como precedentes para encontrar “a melhor maneira de resolver conflitos políticos desta natureza”, que é “usar a ferramenta mais básica que a democracia tem para oferecer: votar”. Lembrando as pesadas condenações de dois líderes de organizações sociais e outros sete ex-responsáveis políticos por terem organizado um referendo declarado ilegal pelo Estado espanhol, os signatários juntam-se ao apelo para a sua libertação, já expresso pelo grupo de trabalho da ONU sobre detenções arbitrárias e por muitas organizações de defesa dos direitos humanos.

“É tempo para o diálogo com uma abordagem responsável de todas as partes”, conclui o apelo, que urge os governos espanhol e catalão a entrarem numa fase de diálogo sem condições para encontrar uma solução política para o conflito. “Para que esse diálogo possa ter sucesso, a repressão política tem de acabar, e deve haver uma amnistia para os acusados”, refere o apelo que está aberto a subscrições online e conta já com cerca de três mil assinaturas.

Entre os subscritores encontram-se quatro laureados com o Nobel da Paz - Jody Williams, Mairead Corrigan, Shirin Ebadi e Adolfo Pérez Esquivel - e figuras da política internacional como a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff ou o antigo líder do Sinn Fein, Gerry Adams. Boa parte dos subscritores são artistas como Yoko Ono, Joan Baez, Ai Weiwei, ativistas como Mirta Baravalle, fundadora das Mães da Praça de Maio, ou Joshua Wong, do movimento pró-democracia de Hong Kong, escritores como Irvine Welsh, Elfriede Jelinek (Nobel da Literatura em 2004), José Eduardo Agualusa, Colm Tóibín, filósofos como Jaan Kaplinsky, Paul B. Preciado ou Silvia Federici. Entre as 50 personalidades estão dois portugueses, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos e o escritor António Lobo Antunes.

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