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Castro Verde: Autarquia queria confinar comunidade cigana

Na terça-feira, a Câmara Municipal de Castro Verde, no distrito de Beja, lançou uma publicação dirigida aos munícipes a informar sobre um “rigoroso confinamento da comunidade” cigana residente no Rossio, na vila de Castro Verde, segundo informa o jornal Expresso. Entretanto, a publicação feita pela autarquia liderada por António José de Brito, eleito pelo Partido Socialista, foi apagada da página da autarquia no Facebook.
Em declarações ao jornal, o autarca rejeitou qualquer atitude discriminatória. No entanto, considera que o anúncio pode ser redundante face ao dever de recolher obrigatório vigente durante o estado de emergência.
Na publicação, a autarquia de Castro Verde informava que o rigoroso confinamento era devido a 17 casos positivos.
Associações criticam “racismo institucional” e “segregação étnica”
A organização Iniciativa Cigana considera que a autarquia promoveu a “violação ao tratamento igualitário e de respeito pela condignidade humana”, pelo que classifica esta atitude de “racismo institucional”.
Segue a presente para informar que na sequência de mais uma medida de Racismo Institucional da parte do Estado...
Publicado por Iniciativa Cigana - Desta vez não é um cravo é uma cerveja em Terça-feira, 26 de janeiro de 2021
O SOS Racismo, em comunicado, referiu que esta seria “a primeira vez que, perante um grupo de pessoas infetadas, uma Câmara Municipal decide avançar com um plano de confinamento étnico", o que corresponderia a "uma medida de segregação étnica, inédita no país”.
Para o SOS Racismo, “as regras de saúde pública e decretadas neste confinamento devem ser respeitadas por todos e todas - não se admitem exceções. No entanto, não há nenhum estado de emergência ou pandemia que justifique medidas de segregação étnica”.
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