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Câmara de Loures decide realojar 23 famílias do Bairro da Torre

“Não acho normal e ninguém vive bem com um país europeu no século XXI a ter pessoas a viver num bairro assim, sem condições, sem ter acesso à energia”, defendeu Catarina Martins, quando visitou o Bairro da Torre, em Camarate, a 22 de janeiro.
Fotografia de Paulete Matos.

A Câmara de Loures vai realojar, até ao início de fevereiro, 23 das 67 famílias que habitam em condições precárias no bairro da Torre, anunciou esta terça-feira a autarquia.

No bairro da Torre, situado na freguesia de Camarate, concelho de Loures, residem 67 famílias, cerca de 250 pessoas, em habitações precárias e sem luz elétrica há mais de um ano.

A situação social vivida neste bairro de Loures motivou a que fosse aprovada no Parlamento uma recomendação ao Governo para que "adote com urgência, as medidas adequadas a assegurar a prestação do serviço público de eletricidade aos habitantes dos bairros e núcleos de habitações precárias".

O projeto de resolução, aprovado por unanimidade, em junho do ano passado ressalva que estas medidas deverão ser tomadas "enquanto não são implementadas soluções de realojamento condignas, no quadro de programas que prossigam esse objetivo".

O Bloco de Esquerda, na Assembleia da República e na Assembleia Municipal de Loures, tem continuadamente chamado à atenção para a necessidade do realojamento urgente das pessoas que habitam o Bairro da Torre.

No dia 22 de janeiro, a coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins visitou o Bairro da Torre onde deixou duras críticas à EDP por ter decidido deixar de fornecer eletricidade ao bairro há mais de um ano e apelou ao rápido realojamento dos seus atuais moradores.

“Não acho normal e ninguém vive bem com um país europeu no século XXI a ter pessoas a viver num bairro assim, sem condições, sem ter acesso à energia, e não sermos capazes de termos um programa público de realojamento e habitação ou de fazer a EDP cumprir as suas obrigações”, disse à altura Catarina Martins.

Entretanto, nesta manhã de terça-feira, em declarações à agência Lusa, a vereadora da CDU (PCP-PEV) com o pelouro da Habitação na Câmara Municipal de Loures, Maria Eugénia Coelho, referiu que a autarquia vai proceder, até ao início de fevereiro, ao realojamento de 23 agregados familiares, em fogos municipais.

Em relação às restantes 44 famílias, a vereadora do PCP defendeu que terá de ser o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) a garantir o realojamento, argumentando que a autarquia não tem capacidade para o fazer.

Visita ao Bairro da Torre | ESQUERDA.NET

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