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Câmara de Lisboa consegue quase 30 empregos para pessoas vulneráveis

O programa RedEmprega continuou a assegurar respostas durante a pandemia e é uma das medidas implementadas pela vereação do Bloco em Lisboa. Manuel Grilo anunciou esta segunda-feira a abertura do quinto centro de acolhimento de emergência para a população sem-abrigo.
Vereador Manuel Grilo no centro de acolhimento para sem-abrigo no Clube Nacional de Natação
Vereador Manuel Grilo no centro de acolhimento para sem-abrigo no Clube Nacional de Natação. Foto de esquerda.net

Desde o início da pandemia da covid-19 a Câmara Municipal de Lisboa conseguiu encontrar emprego para cerca de 30 pessoas consideradas “vulneráveis”, noticiou hoje a agência LUSA.

Os empregos atribuídos a pessoas em situação de sem-abrigo, com deficiência ou imigrantes, foram conseguidos através do programa RedEmprega, que junta a APEA – Associação Portuguesa de Emprego Apoiado e a Fundação Aga Khan Portugal, tem como objetivo “reforçar a resposta de empregabilidade para pessoas vulneráveis na cidade”, apoiando a inclusão no mercado de trabalho de pessoas e promovendo a inclusão social.

De acordo com os dados fornecidos pelo gabinete do vereador Manuel Grilo, responsável pela área dos Direitos Sociais em Lisboa, à agência de notícias, no período compreendido entre o mês de fevereiro e o dia 24 de abril, receberam acompanhamento, através deste programa, 157 pessoas. Na sua maioria imigrantes (79 pessoas), o projeto acompanhou ainda 18 pessoas com deficiência, 17 com doenças mentais, sete com “historial de consumo de substâncias” e quatro sem abrigo, entre outras.

Deste universo, 46 pessoas foram a entrevistas de emprego, tendo 26 delas conseguido um trabalho “a termo incerto” ou a “termo certo”. Dezasseis imigrantes, duas pessoas com doença mental, outras duas sem abrigo, entre outras pessoas, têm agora “uma possibilidade de autonomização”, disse o vereador bloquista à Lusa. Manuel Grilo garante que estas pessoas terão “acompanhamento social no pré e pós emprego para que a resposta perdure no tempo”.

Estes empregos foram garantidos em plena pandemia da covid-19, uma época em que a perda de emprego se tornou um dos “vários desafios a que temos de dar resposta”, nomeadamente entre “os públicos mais vulneráveis” que “são os primeiros a sentir este impacto” sublinhou o vereador.

Desde o início da pandemia, o pelouro lisboeta da Educação e dos Direitos Sociais tem implementado várias políticas para enfrentar os efeitos sociais adversos, como por exemplo a abertura de quatro centros de acolhimento para sem abrigo, e um quinto apenas para pessoas nesta situação infectadas com covid-19, aumento da capacidade de distribuição de refeições quentes, ou o fornecimento de mais de 3 mil computadores a alunos do primeiro ciclo, entre outras medidas.

Lisboa abre 5º centro de acolhimento para sem-abrigo

Esta notícia surge no mesmo dia em que o vereador dos Direitos Sociais anuncia a abertura de um quinto centro de acolhimento de emergência para sem-abrigo. Esta infra-estrutura de apoio terá capacidade para cerca de 50 pessoas e estará localizada na Pousada de Juventude do Parque das Nações. A abertura do novo centro espera apenas a chegada das equipas de técnicos, contratados pelo ISCTE.

Manuel Grilo explicou à Lusa que esta estrutura permitirá novas condições aos casais alojados no pavilhão do Casal Vistoso, um dos quatro centros já em funcionamento, que no seu conjunto acolhem um total de 220 pessoas por dia. Estes passarão para o Parque das Nações, “para quartos duplos com casa de banho própria”.

Em abril passado, o vereador bloquista defendeu que as pessoas acolhidas no âmbito da pandemia não regressassem às ruas. Tem de ser “mantida a resposta de emergência até ser encontrada a forma de alojamento adequada para estas pessoas”, propôs Manuel Grilo ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

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