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Câmara de Lisboa: Bloco quer apoiar arrendamentos para estudantes

Num cenário de preços elevados no mercado de arrendamento, Manuel Grilo, vereador do Bloco, apresenta esta quarta-feira uma proposta para ajudar repúblicas/associações de estudantes criadas para fins habitacionais.
Fotografia de Paulete Matos

Em Lisboa, há três repúblicas estudantis que promovem a habitação de estudantes universitários. Contudo, os aumentos das rendas têm criado dificuldades. Neste contexto, o Bloco irá propor esta quarta-feira que seja criado “um apoio financeiro dirigido a associações de estudantes com fins habitacionais, para que seja possível dar uma resposta imediata às necessidades de alojamento”.

A República do Santo Condestável encara dificuldades desde 2017/2018, altura em que o senhorio propôs um aumento da renda de 2034 para 5000 euros. Não aceitando esta proposta, os residentes receberam um carta com ordem de despejo para abril de 2018. Após terem contestado a decisão na justiça, conseguiram ficar mais dois anos.

A proposta do Bloco foi feita a pensar nas repúblicas, embora possa incluir estudantes que queiram constituir associações com fins habitacionais sem fins lucrativos. Os membros terão de frequentar o Ensino Superior numa universidade pública ou num instituto politécnico de Lisboa. Ao mesmo tempo, a autarquia deverá ser capaz de assegurar arrendamentos a preços regulados. O vereador Manuel Grilo sublinha ainda a insuficiência de residências estudantis na capital, afirmando que o apoio proposto deverá ser articulado com o Estado Central. Assim, como pode ler-se no documento, “o município de Lisboa tem um papel a desempenhar e é também responsável, conjuntamente com o Estado Central, por encontrar soluções habitacionais para os estudantes do ensino superior”, o que poderá passar pelo “estabelecimento de associações de estudantes que se constituam para fins de habitação”.

A proposta do Bloco refere que há apenas 2427 camas nas residências universitárias públicas de Lisboa, num universo de mais de 40 mil estudantes. O Plano Nacional de Alojamento Estudantil aponta para mais 4720 camas nos próximos quatro anos, triplicando a oferta. Contudo, os números continuam aquém dos do universo global de estudantes, que acabam por procurar alternativas no mercado tradicional, com preços descontrolados.

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