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Call-centers em greve no Natal e Ano Novo

O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center convocou uma greve geral pelo aumento de salários, fim da precariedade, reconhecimento da profissão e pela promoção da contratação coletiva.
Imagem publicada na página Facebook do STCC.

“No Natal e Ano Novo faz Greve e põe os patrões a trabalhar!”, apela o Sindicato dos Trabalhadores dos Call Centers no anúncio do pré-aviso de greve para os dias 24, 25, 31 de dezembro e 1 de janeiro.

Os trabalhadores sublinham que o setor é um dos que conta com maior crescimento e que a pandemia fez aumentar ainda mais. “Como consequência da realidade actual onde cada vez é mais necessário estarmos “ligados”, da mesma forma que quem trabalha na educação, nas limpezas, nos hospitais, na distribuição de alimentos, transportes e outros bens e serviços essenciais, os trabalhadores de call center fazem cada vez mais um trabalho essencial a todas as pessoas. E como consequência disso mesmo, as maiores empresas de “outsourcing” e trabalho “temporário” que operam no sector especifico dos call centers viram o seu negócio expandir-se e crescer em todos os sentidos, desde logo nos seus lucros”. E dão exemplos dessas empresas que dominam o setor, como a Randstad, Teleperformance, Manpower, Intelcia, ou Sitel.

Apesar da importância do seu trabalho e de estarem presentes em quase todos os setores de atividade, quem trabalha nos call-centers continua a viver com baixos salários e em regime precário, “sem sequer terem a sua profissão reconhecida e valorizada”, aponta o STCC.

A paralisação do Natal e Ano Novo abrange quem trabalha na área dos call-center e contact center, “seja em funções de front-office, back-office e afins, em trabalho presencial ou teletrabalho, tal como nas áreas administrativas, IT's e afins, seja em regime de outsourcing, prestação de serviços ou outro, em todo o território de Portugal continental e regiões autónomas”. O pré-aviso de greve exclui quem presta “serviços socialmente imprescindíveis, nomeadamente linha SNS24 e outros serviços imprescindíveis de saúde pública, apoio ao INEM, apoio a forças de segurança e linha de apoio à vida”.

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