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Bruno Maia espera “novo ciclo” que proteja SNS

Em reação à mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Bruno Maia afirmou que o Bloco de Esquerda também considera que é preciso um “novo ciclo”, que coloque como prioridades a proteção do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a subida dos salários e “tirar a lei do clima do papel”.
Bruno Maia, terceiro candidato do Bloco em Lisboa (2022)
Bruno Maia, terceiro candidato do Bloco em Lisboa (2022)

Bruno Maia comentou neste domingo, 2 de janeiro, em nome do Bloco de Esquerda a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“O Presidente da República ontem decidiu falar de “virar a página”. Nós, Bloco de Esquerda acompanhamos essa ideia, achamos que é preciso, de facto, um “novo ciclo” político para o país”, declarou Bruno Maia. E clarificou: “Um novo ciclo que coloque como prioridades em cima da mesa a proteção do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a subida dos salários e tirarmos definitivamente a lei do clima do papel, para passarmos à ação”.

O dirigente do Bloco de Esquerda sublinhou que essas prioridades “só podem ser postas em cima da mesa” se houver uma maioria à esquerda, se não houver maiorias absolutas, nem acordos de bloco central.

“Com maiorias absolutas e acordos de bloco central nós sabemos que não há negociação para proteger os salários, não há negociação para proteger o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e não há negociação para protegermos o clima”, enfatizou o dirigente bloquista.

Bruno Maia frisou também que “é preciso uma maioria de esquerda, uma maioria forte, e que é preciso uma esquerda à esquerda do PS que seja forte” e se reforce nestas eleições, para defender as prioridades de “proteger o SNS, valorizar as carreiras dos seus profissionais, reforçar os profissionais que são necessários e puxar pelos salários para cima, acabando com as leis da troika e da direita, que ainda estão na nossa legislação laboral”.

O médico e terceiro candidato pela lista de Lisboa do Bloco de Esquerda reafirmou ainda que “essas prioridades serão postas definitivamente em cima da mesa se houver uma esquerda reforçada, se houver uma esquerda à esquerda do PS com a força do voto, capaz de puxar para cima da mesa das negociações essas prioridades”. “A força do Bloco e o voto no Bloco é a garantia que essas são as prioridades para os próximos anos, com o acordo de um Governo que responda efetivamente à vida das pessoas em concreto”, sublinhou.

Questionado sobre a petição de 31 personalidades que apelam a Bloco, PCP e PEV que cheguem a um entendimento para formar uma maioria parlamentar após eleições, Bruno Maia respondeu:

“Nós demos as boas vindas a essa iniciativa”. E acrescentou, “como sabem o Bloco defende que tem de haver acordos de legislatura firmados em questões específicas que respondam à vida concreta das pessoas”. “Candidatamo-nos para que haja uma maioria de esquerda e para que essa maioria de esquerda coloque definitivamente em cima da mesa a proteção dos salários, a proteção do SNS e a proteção do clima”, sublinhou o dirigente bloquista.

Questionado sobre o que faz a diferença em relação à situação que levou ao chumbo do orçamento do Estado, Bruno Maia afirmou:

“Desde 2019 até agora o PS recusou fazer um acordo à esquerda em torno de compromissos concretos. O que vai fazer a diferença daqui para a frente é a força do voto das pessoas. Se houver um voto que diga que tem de haver uma maioria à esquerda sem maioria absoluta do PS, então essa maioria de esquerda está legitimada e tem de se sentar à mesa para negociar”.

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