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Brasil: Polícia Militar prende Guilherme Boulos

Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foi preso esta terça-feira na sequência de uma ação da Polícia Militar contra três mil pessoas que ocupam um terreno em S.Mateus, na zona leste de São Paulo.
Guilherme Boulos no momento em que era preso pela polícia. Foto Jorge Ferreira/Mídia Ninja
Guilherme Boulos no momento em que era preso pela polícia.Foto Jorge Ferreira/Mídia Ninja

O site Brasil de Fato escreve que “cerca de três mil pessoas da ocupação Colonial do Bairro S.Mateus resistiram a uma ação de reintegração de posse durante a manhã desta terça-feira” o que levou a uma investida da Polícia Militar (PM) que utilizou um forte “aparato repressivo” tendo detido Guilherme Boulos, levando-o para o 49º Distrito Policial (DP).

O MTST, já qualificou a prisão como uma “arbitrariedade”, porquanto Guilherme Boulos agiu unicamente no sentido de tentar “mediar o conflito”.

Num nota enviada à imprensa citada pelo Brasil de Fato, o movimento sublinha que “não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los”.

"Uma prisão ilegal e arbitrária"

Ao final da manhã, Boulos esperava ainda na receção da delegação para onde foi conduzido para prestar depoimento, uma vez que antes foi ouvido o comandante do Batalhão da Polícia de Choque, responsável pela ação em S.Mateus.

Quando foi detido, Boulos não foi algemado ou levado para uma cela o que, na sua opinião, se fica a dever aos receio por parte das forças policiais da reação que uma decisão dessa natureza poderia causar.

Entretanto, a vereadora Juliana Cardoso, do Partido dos Trabalhadores (PT) estava presente durante a reintegração de posse e, de acordo com o site, está a acompanhar o coordenador do MTST.

"Estávamos negociando para conversar com os oficiais de Justiça, quando seis policiais seguraram e levaram Guilherme Boulos preso. Estamos passando por um momento muito difícil no Brasil”, afirmou, tendo acrescentado: “Estamos ficando cada vez mais próximo de um Estado de exceção. Essa foi uma prisão ilegal, uma prisão política".

Entretanto, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) já manifestou a sua "irrestrita solidariedade" com Guilherme Boulos e a todo o movimento, afirmando que "esta ação é mais um dos tantos ataques aos movimentos sociais".

Reintegração de posse na Zona Leste de SP - 17/01/16

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