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Bolsonaro veta verbas para compra de material de proteção contra covid-19

Esta quarta-feira, o Brasil registou 1349 mortes, o que representa um novo recorde diário. Ainda assim, o presidente brasileiro decidiu impedir a transferência de verbas para os Estados e os municípios fazerem frente ao surto pandémico.
Foto de Jeso Carneiro/Flickr

De acordo com os dados do relatório diário divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil contabiliza já 32.548 mortos, num total de 584.016 casos positivos para a covid-19.  Nas últimas 24 horas, foram registadas mais 28.633 infeções, o que faz do Brasil o segundo país com mais casos, a seguir aos EUA. As autoridades brasileiras investigam ainda 4.115 mortes que poderão estar relacionadas com a pandemia.

Mesmo com o país a atravessar uma crise sanitária, o presidente Jair Bolsonaro vetou uma transferência de aproximadamente 1,5 mil milhões, aprovada pelo Congresso brasileiro, para os municípios fazerem frente ao surto pandémico. O montante, proveniente do já extinto Fundo de Reservas Monetárias (FRM), tinha por objetivo ajudar os estados e municípios no combate à pandemia da covid-19. 

Bolsonaro alega que o Congresso violou a Constituição, defendendo que a alteração do destino do fundo, destinado ao pagamento da dívida pública, é uma medida exclusiva do presidente da República.

Enquanto Bolsonaro veta o apoio aos Estados e municípios, Rui Costa, governador da Bahia, impõe medidas restritivas à circulação em 19 cidades do Estado, como forma de evitar uma maior propagação do surto pandémico.

Em declarações citadas pelo DN, Rui Costa considera que "a região que mais preocupa, no que se refere ao avanço do coronavírus, é o extremo sul do Estado. Conversámos sobre as necessárias e urgentes medidas de maior restrição, após registarmos taxas altíssimas de contaminação, com cidades a chegar a 200 casos e crescimentos médios diários de 28%".

O governador salienta ainda que “se não tomarmos medidas, poderemos presenciar uma explosão de casos e uma explosão na procura de camas nos cuidados intensivos, que não podemos ofertar".

Apesar de a pandemia ter surgido no sudeste do Brasil, região mais populosa e rica, está agora a afetar as áreas mais pobres do Nordeste. Na passada terça-feira, contabilizavam-se 736 mortos e 21.430 infetados na Bahia, o oitavo estado com mais casos de infeção.

 

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