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Bloco “regista recuo” de Cavaco Silva “quanto à objeção de formação de governo PS”

Bloco sublinha que Cavaco Silva recuou e que, agora, admite formação de governo do PS. Bloquistas esperam que António Costa seja rapidamente indigitado primeiro-ministro.
"Bloco de Esquerda regista o recuo do Presidente da República quanto à sua objeção à formação de um governo do Partido Socialista". Foto de Paulete Matos.

“O Bloco de Esquerda regista o recuo do Presidente da República quanto à sua objeção à formação de um governo do Partido Socialista viabilizado pelos partidos à sua esquerda no Parlamento”, sublinham os bloquistas num comunicado de imprensa esta segunda-feira.

O Bloco diz ainda aguardar "o desenvolvimento dos contactos entre o Presidente da República e o secretário-geral do PS e os passos para uma rápida indigitação do novo primeiro-ministro".

António Costa deverá responder por escrito ainda esta segunda-feira ao Presidente da República, adiantou à agência Lusa o Presidente do PS, Carlos César.

São seis as questões que o Presidente da República pede para serem esclarecidas, nomeadamente a aprovação dos Orçamentos do Estado, "em particular o Orçamento para 2016" e a aprovação de moções de confiança ao futuro executivo.

O "cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária", é outro dos pontos mencionados por Cavaco Silva.

O chefe de Estado solicitou igualmente "clarificação formal" relativamente ao "respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa coletiva", o "papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do país" e a "estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa".

O encontro desta segunda-feira de manhã entre o secretário-geral do PS e o Presidente da República durou meia hora e seguiu-se às 31 audiências realizadas por Cavaco Silva desde 12 de novembro com confederações patronais, associações empresariais, centrais sindicais, banqueiros, economistas e partidos representados no parlamento eleito nas legislativas de 4 de outubro.

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