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Bloco questionou Governo sobre agressão racista no Porto
Os relatos recebidos pelo Grupo Parlamentar (GP) do Bloco de Esquerda, e que coincidem com as notícias que surgiram sobre este crime e que estão documentados em alguns vídeos que circularam nas redes sociais, dão conta de um “ato de violência gratuita, desproporcional, ilegítima e chocante” motivado “única e exclusivamente pelo racismo e xenofobia” do funcionário da empresa de segurança 2045.
Os testemunhos, incluindo o da jovem, confluem no facto de o funcionário em questão ter insultado a jovem mais do que uma vez se referindo à mesma como “preta de merda” ou tecendo comentários como “gente como vocês, pretos, só arranjam problemas”.
Nos registos vídeo divulgados, é possível ainda ouvir a voz de várias pessoas a insurgir-se contra as agressões e a perguntar se o segurança gostava que agissem da mesma forma com a sua filha.
Conforme sinaliza o GP bloquista, consta que a atuação da Polícia de Segurança Pública “foi de alguma indiferença quanto ao sucedido, apesar de todos os indícios apontarem para o espancamento da jovem acima referida, ou não estivesse o funcionário com a mão ensanguentada e a jovem desfigurada”.
Os agentes da PSP terão “tratado de forma igual e indiferente duas pessoas – agressor e jovem – que não estavam minimamente em pé de igualdade, já que uma tinha acabado de ser brutalmente agredida e a outra a pessoa que tinha praticado estas agressões”.
De acordo com o Bloco, esta situação, além de inadmissível por consubstanciar uma clara manifestação de recurso desnecessário e desproporcional da força por parte de um segurança privado, reveste ainda uma enorme gravidade pelo facto de serem agressões racistas e xenófobas”
Neste contexto, os bloquistas pedem explicações ao Ministério da Administração Interna sobre a atuação da PSP e questionam o Governo sobre que medidas pretende tomar ou exigir quanto à empresa 2045 que garante a segurança da STCP.
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