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Bloco questiona governo sobre importação de lixo italiano

A notícia foi dada pela RTP: As primeiras 2.736 toneladas de lixo proveniente do Sul de Itália (de um total que pode chegar as 60 mil toneladas) chegaram ao Porto de Setúbal e nã foram alvo de qualquer fiscalização por parte da Inspeção Geral do Ambiente. A entidade que autorizou o transporte – a Agência Portuguesa do Ambiente – simplesmente não avisou os inspetores da operação, que souberam da chegada do cargueiro pela estação televisiva. Segundo afirma Francisco Ferreira, da associação ambientalista Zero, trata-se da maior importação de lixo que o país alguma vez recebeu.
No pedido de esclarecimento ao ministro do Ambiente enviado na sexta-feira, os deputados bloquistas não aceitam a justificação dada à RTP por uma fonte da Agência Portuguesa do Ambiente de que em caso de existir algum problema a responsabilidade pertence às autoridades italianas. “Caso exista um acidente ou derrame deste material e caso o mesmo seja de uma tipologia diferente, a responsabilidade italiana pouco protegerá o ecossistema e os moradores da área afetada”, referem Jorge Costa e Joana Mortágua.
O Bloco quer saber qual a capacidade existente para fiscalizar estas cargas de lixo importado e que medidas irá o governo tomar “para garantir que estes resíduos são verificados e que os riscos são contidos” e qual a razão para a Inspeção Geral do Ambiente não ter sido avisada da chegada do cargueiro italiano Vento di Tramontana. Jorge Costa e Joana Mortágua questionam ainda o Minstério do Ambiente se se tratam de resíduos industriais, uma vez que o seu destino será o tratamento no Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais.
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