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Bloco questiona Governo sobre contratações na TAP durante despedimento coletivo

A confirmar-se esta situação, reveladora de “um enorme desrespeito aos trabalhadores da TAP”, Isabel Pires quer que o Governo, principal acionista da TAP, explique a contratação em Madrid no mesmo momento em que despede em Lisboa.
Avião da TAP. Foto de Mário Cruz/Lusa.

Chegou ao grupo parlamentar do Bloco a informação de que a TAP está a recrutar novos trabalhadores em Madrid. Esta situação é confirmada num vídeo partilhado pelo diretor de recursos humanos da empresa, Pedro Ramos, com João Falcato, também ele diretor de recursos humanos da manutenção & engenharia da TAP.

Isabel Pires considera que, a confirmar-se, “a situação é grave e revela um enorme desrespeito aos trabalhadores da TAP”.

A deputada lembra que, desde o início da crise pandémica, foram despedidos cerca de 1.300 trabalhadores com vínculos a prazo e que, para além de estar a decorrer o processo de despedimento coletivo de mais 206 trabalhadores, várias centenas de trabalhadores foram empurrados para as ditas medidas temporárias.

“Perante isto, como explica o Governo, o principal acionista da TAP, que contrate em Madrid no mesmo momento em que despede em Lisboa”, escreve Isabel Pires.

Para a deputada, “esta decisão é inaceitável”, pelo que se exige “o esclarecimento cabal da situação”.

O Bloco pretende saber “se o despedimento de efetivos está a ser compensado com a contratação de trabalhadores a prazo, com menos salário, direitos e condições de trabalho” e se o Governo está a aproveitar este momento de crise para limpar a empresa para depois logo de seguida vendê-la”.

“Queremos respostas e que sejam dadas garantias aos trabalhadores da TAP de manutenção dos seus postos de trabalho e dos seus direitos”, realça Isabel Pires num conjunto de questões endereçadas ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

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