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Bloco promove audição para combater precariedade na ciência

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda organiza esta sexta-feira, pelas 15horas, no Auditório da Casa Amarela da Assembleia da República, uma audição pública sob o lema “Dignidade para quem produz Ciência”.
A iniciativa, que tem como objetivo abordar e discutir o problema da precariedade dos investigadores científicos, terá como oradores Luís Monteiro, deputado do Bloco, Gonçalo Velho, presidente do SNESUP, Tiago Dias, membro do núcleo do Ensino Superior da FENPROF, e um representante da ABIC.
Num artigo publicado esta quinta-feira no Diário de Notícias, Luís Monteiro critica o Diploma do Emprego Científico, aprovado em Conselho de Ministros no passado mês de agosto, por se limitar a “trocar bolsas precárias por contratos precários”.
O deputado assinala que o diploma de institucionalizar “uma via paralela à carreira científica, em que as remunerações são ainda mais baixas do que as bolsas hoje existentes”, não vislumbrando “qualquer tipo de vínculos destes profissionais após o término do contrato”.
O também dirigente bloquista defende que é tempo para que, “de uma vez por todas, se liberte a ciência da precariedade”, recordando que “as bolsas de investigação privam os trabalhadores científicos dos mais elementares direitos sociais e laborais como a proteção na doença, acesso ao subsídio de desemprego, direito à reforma, assistência na doença e à família, direito à maternidade e paternidade, férias remuneradas, subsídio de natal e férias ou subsídio de alimentação”.
O Bloco de Esquerda já entregou, na Assembleia da República, um pedido apreciação parlamentar do referido diploma, propondo a consagração de contratos de trabalho efetivos e o ingresso destes bolseiros na carreira de investigador científico.
Comments
Precariedade na Ciência
É completamente verdade o que a notícia insere. Tenho um filho doutorado em engenharia que, desde há quase 7 anos assina contratos com a regularidade exigida e, já para o próximo ano não sabe se voltarão a renová-lo, e trabalha como um mouro. Não tem horas para comer, muitas vezes com reuniões coincidentes, por haver desfasamento de horários com outros países, exemplo a Grécia tem uma diferença de horário em relação a Portugal de 2 horas. A namorada doutorada em Matemática tem contratos idênticos. Não podem planear uma vida normal como casar, ter filhos, e outras situações afins a um casal, dado que têm ambos 36 anos e vêem o futuro incerto e sem planeamento.
Obrigada pela vossa persistência.
Cumprimentos
Maria Helena Costa
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