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Bloco não reconhece validade à direita para apresentar moção de rejeição

Pedro Filipe Soares lembrou que “quem foi rejeitado neste processo foi o Governo PSD/CDS” e acusou a direita de querer alimentar “jogos partidários e tricas políticas” e “fechar a porta ao futuro”. Perante o “passado de má memória, queremos é virar a página”, frisou o líder parlamentar bloquista.

“Temos um novo contexto político, e temos de nos habituar a ele com toda a tranquilidade, com toda a naturalidade”, afirmou Pedro Filipe Soares em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.

No que respeita ao debate do programa do Governo, o líder parlamentar bloquista referiu que espera que ele seja “construtivo” e que “demonstre às pessoas que é possível um caminho de reposição de rendimentos, de melhoria das condições de vida das pessoas e de virar de página face aos quatro anos de austeridade”.

“É isso que se exige e, da parte do Bloco de Esquerda, é nisso que queremos participar”, acrescentou.

Pedro Filipe Soares afirmou que, não estando em causa um ajuste de contas com a direita, não podemos esquecer o que aconteceu ao longo de quatro anos e que, perante um “passado de má memória, queremos é virar a página”.

“E, por isso mesmo, [o debate sobre o programa do Governo] deve ser um debate construtivo, apresentar soluções e apresentar os caminhos para o futuro do país. Um debate para abrir portas e para fechar a porta do passado da governação do PSD/CDS”, defendeu o dirigente do Bloco.

Para Pedro Filipe Soares, é preciso “dar garantias às pessoas de estabilidade para as suas vidas, para a reposição de rendimentos, para um novo futuro que se vai colocar à nossa frente”.

Sobre a possibilidade de a direita apresentar uma moção de rejeição, o líder parlamentar lembrou que “quem foi rejeitado neste processo foi o Governo PSD/CDS” e acusou a direita de querer alimentar “jogos partidários e tricas políticas” e “fechar a porta ao futuro”.

Pedro Filipe Soares acrescentou ainda que centrar o debate do programa do Governo na moção de rejeição seria fazer o "jogo de direita" e entrar “numa lógica de disputa partidária, que é o que interessa a PSD e CDS.

O dirigente bloquista realçou a importância de “levar o mais rapidamente possível o acordo [com o PS] à prática para que os seus benefícios cheguem o mais rapidamente à vida das pessoas”.  

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