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Bloco exige eliminação do corte de rendimento dos trabalhadores da Lusa

A administração da Lusa cortou parte do subsídio de transporte dos trabalhadores. O Bloco de Esquerda questionou o governo e exige a reposição do valor do subsídio de transporte e a transferência do reforço de verbas previsto no OE2020.
"Uma medida que pretendia precisamente aliviar o rendimento disponível das famílias, incentivando o uso de transporte público, é utilizada para penalizar trabalhadores de uma empresa com tutela pública", criticam os trabalhadores.
Edifício da Agência Lusa. Foto de António Cotrim / Lusa.

Numa pergunta enviada ao governo esta quarta-feira, o deputado bloquista Jorge Costa critica o corte do subsídio de transporte dos trabalhadores da Lusa, que irão perder 30 euros de rendimento mensal devido ao corte do subsídio de transporte, atualmente no valor de 69,65 euros.

A pretexto da redução do preço dos passes sociais das zonas metropolitanas, a adminsitração da agência pública de notícias anunciou um corte de 40 euros no valor do subsídio no final de outubro.

Sucede que, diz o deputado, “este subsídio de transporte é um suplemento remuneratório, em prática há mais de 20 anos e que nunca exigiu comprovativo da compra de passe social”.

Assim, “uma medida resultante de negociações com os partidos de esquerda na legislatura passada e que pretendia precisamente aliviar o rendimento disponível das famílias, incentivando o uso de transporte público, é utilizada para penalizar trabalhadores de uma empresa com tutela pública”, critica.

Em comunicado, os representantes das estruturas sindicais da empresa consideram “inaceitável que uma empresa detida maioritariamente pelo Estado reduza os direitos e os rendimentos dos trabalhadores numa conjuntura económica e social severa, com efeitos na generalidade dos agregados familiares”.

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda “acompanha esta avaliação e acrescenta uma preocupação sobre a situação atual de teletrabalho, particularmente relevante na atividade da Lusa, sendo absolutamente necessário que a empresa equacione a compensação por despesas pessoais acrescidas devido ao teletrabalho”, escrevem ainda.

Os bloquistas relembram que “o reforço orçamental de 1,5 milhões de euros para a Agência Lusa, fruto de uma proposta do Bloco de Esquerda aprovada na especialidade do OE'2020, ainda não foi transferida para a empresa, colocando em risco inclusivamente as obrigações da Agência decorrentes da vinculação de trabalhadores precários, integrados em 2019”.

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