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Bloco e CGTP desafiam governo a rever alterações laborais acordadas com os patrões

Há uma “sintonia de posição” entre o Bloco de Esquerda e a CGTP, que querem que o governo anule “as medidas que foram acordadas com os patrões e que criam novas formas de precariedade”, salientaram Arménio Carlos e José Soeiro.
Manifestação da CGTP no passado dia 9 de junho - Foto de José Sena Goulão/Lusa
Manifestação da CGTP no passado dia 9 de junho - Foto de José Sena Goulão/Lusa

Delegações do Bloco de Esquerda e da CGTP reuniram nesta sexta-feira, 29 de junho, na Assembleia da República. No final, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e o deputado José Soeiro falaram para a comunicação social.

Segundo a Lusa, Arménio Carlos começou por destacar que "há uma sintonia da posição do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda relativamente às posições que a CGTP defende", uma vez que "a proposta de lei, ao invés de combater a precariedade e a política de baixos salários, vai não só perpetuá-las, como acentuá-las". "A proposta do Governo, na prática, tenderá a acentuar a precariedade no terreno e a fazer baixá-la nas estatísticas", vincou ainda.

O deputado bloquista José Soeiro afirmou: "contamos que ainda se possa anular as medidas que foram acordadas com os patrões e que criam novas formas de precariedade, que foram negociadas à última hora e anulam grande parte das medidas que o PS e o Governo tinha acordado com a esquerda para combate à precariedade".

José Soeiro sublinhou que "o Bloco de Esquerda leva sete projetos de lei à discussão que visam também reverter os cortes que a direita introduziu na legislação do trabalho em 2012”.

“Nós entendemos que o saldo desta legislatura, do ponto de vista laboral, não pode ser transformar em estruturais cortes colocados no Código do Trabalho pela direita e apresentados como correspondendo a uma situação de exceção no país", ealçou também José Soeiro.

Arménio Carlos afirmou que "não basta dizer que se é de esquerda, é preciso que os deputados do PS se sintam livres para votar ao lado da esquerda rejeitando esta proposta de lei".

O secretário-geral da CGTP aponta que "os deputados do PS que defendem efetivamente uma revisão da lei para repor direitos e, simultaneamente, valorizar o trabalho não podem votar favoravelmente uma lei que contraria tudo isso e vai ao encontro dos interesses da direita e aspirações da direita".

O debate da proposta do governo, dos projetos do Bloco e de outros partidos terá lugar na próxima sexta-feira, 6 de julho.

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