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Bloco contra a transferência das vacinas para as farmácias

A Ordem dos Médicos questiona e o deputado do Bloco de Esquerda, Moisés Ferreira, pediu esclarecimentos ao governo sobre intenção de passar vacinação para as farmácias.
Bloco contra a transferência das vacinas para as farmácias. Foto Flicr.
Bloco contra a transferência das vacinas para as Farmácias. Foto André Luiz/Flickr.

A revelação foi feita no Jornal de Notícias, esta quarta-feira, e dá conta da pretensão do Ministério da Saúde em aproveitar a rede de farmácias para complementar o serviço de vacinação obrigatório passando este serviços para privados.

A notícia do JN vem na sequência da entrega de uma pergunta apresentada pelo deputado bloquista Moisés Ferreira onde se escreve que “o Bloco de Esquerda teve conhecimento de que estará a ser equacionada, pelo Ministério da Saúde, a transferência da competência de aquisição, distribuição e administração de vacinas do SNS para o sistema de saúde, que engloba também o sector privado.” O Bloco pede ainda ao ministro que “esta situação tem de ser clarificada e, a comprovar-se, revertida”, lê-se ainda na pergunta apresentada.

Em declarações ao esquerda.net, o deputado referiu que “não se justifica passar o Plano Nacional de Vacinação para as farmácias, tendo em conta que há uma cobertura de 90% do serviço de vacinação através do Plano Nacional de Vacinação”. Para o deputado, seria importante “reforçar os cuidados de saúde primários fazendo um acompanhamento mais intensivo por parte dos centros de saúde”, disse.

Para o Bloco de Esquerda, passar para as farmácias a vacinação representa um negócio cujo último destinatário seria a Associação Nacional de Farmácias (ANF) do grupo Alliance Healthcare. A transferência da vacinação para privados poderia vir a “trazer perturbações ao Plano Nacional de Vacinação” visto que há dados clínicos de utentes que estão na posse do Sistema Nacional de Saúde e que passariam para as farmácias. Por exemplo, “as informações do boletim de vacinas dos utentes de forma electrónica permitiriam dar acesso a dados sensíveis” alerta ainda Moisés Ferreira.

 

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