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Bloco apresentou balanço do primeiro mandato na Câmara de Torres Novas

A atividade autárquica bloquista deu um salto com a eleição, em 2013, da vereadora Helena Pinto. Durante o seu mandato, o Bloco agendou em reunião de Câmara 36 propostas, das quais 19 foram aprovadas. A CDU agendou 13 propostas e o PSD 4.

Na passada sexta-feira, o Bloco de Torres Novas prestou contas ao eleitorado do concelho, disponibilizando informações sobre quantas e quais as propostas apresentadas e os contributos dos bloquistas para a melhoria da vida das pessoas.

Durante a iniciativa, que teve lugar no espaço cultural “Atrás das Artes”, foi apresentado um gráfico comparativo das propostas agendadas em reunião de Câmara Municipal (CM) pelos vários partidos da oposição, bem como uma listagem com as propostas agendadas por iniciativa do Bloco e o resultado da votação.

Foram ainda dados a conhecer os assuntos apresentados no PAOD (Período antes da ordem do dia) e as propostas de alteração apresentadas, e votadas, a propósito dos vários assuntos agendados em reunião de CM.

Para quem pretenda fazer uma análise mais pormenorizada ao trabalho realizado, o Bloco de Torres Novas compilou o conteúdo das propostas apresentadas, as intervenções feitas, as atas e as declarações de voto (148 no total) em livro. Esse trabalho estará acessível na internet em breve.

António Gomes, deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Torres Novas.

O Bloco de Torres Novas divulgará ainda uma brochura sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), com toda a sua história e com as soluções apresentadas para o futuro, que será parte balanço, parte programa para o próximo mandato, assim como o balanço do trabalho realizado nas Freguesias, onde foram muitas as propostas e recomendações apresentadas.

Até 6 de julho, e de forma autónoma, o Bloco agendou em reunião de Câmara 36 propostas, das quais 19 foram aprovadas, 13 rejeitadas e 4 ainda se encontram por votar. Sobre outros assuntos agendados, foram apresentadas e votadas 33 propostas, das quais 10 foram aprovadas. Fazendo a comparação com os outros partidos da oposição, em número de propostas agendadas para reunião de Câmara, os resultados são os seguintes: Bloco – 36; CDU – 13; e PSD – 4.

“Assumimo-nos como oposição a uma maioria absoluta que não estava habituada a ser questionada”

Durante a sua intervenção, a vereadora Helena Pinto lembrou que “o Bloco, desde a sua fundação, concorreu sempre às autarquias de Torres Novas”, elegeu autarcas, para a Assembleia Municipal e Freguesia de Riachos, tendo tido, ao longo dos anos, “uma postura interventiva e propositiva”.

Com a conquista de um lugar na vereação da Câmara de Torres Novas, em setembro de 2013, “a nossa intervenção deu um salto”, avançou Helena Pinto, sinalizando que o Bloco passou “a estar dentro do órgão executivo e as possibilidades de conhecimento dos assuntos e de apresentar propostas alternativas sobre as grandes e as pequenas escolhas para a vida municipal aumentaram exponencialmente”.

“Trabalhámos em equipa, os vários autarcas eleitos – na Câmara, Assembleia e Freguesias e todos e todas que se juntaram a este projecto – filiados e não filiados no Bloco – estudando os assuntos, descobrindo as suas origens e sobretudo construindo alternativas”, afirmou a vereadora, salientando que os bloquistas “não se isolaram na procura de soluções”.

A apresentação do balanço de 4 anos de intervenção autárquica teve lugar no espaço cultural “Atrás das Artes”

Segundo Helena Pinto, o Bloco assumiu-se “como oposição a uma maioria absoluta que não estava habituada a ser questionada”, fiscalizando todas as atividades da Câmara: “Desde a primeira hora que assumimos que o nosso papel de oposição não se resumia a fazer críticas e a denunciar problemas”, vincou a vereadora, que sublinhou ainda que os bloquistas divulgaram todas as posições assumidas e bateram-se “contra a opacidade, a falta de transparência”.

“Com as propostas do Bloco, há coisas que estão diferentes, que mudaram para melhor”, acrescentou.

Assumindo que, provavelmente, o Bloco não esteve sempre certo, Helena Pinto referiu que “aceitámos sempre integrar nas nossas propostas os contributos de outras forças políticas. Votámos as outras propostas sempre em função do seu mérito – fossem da Câmara ou dos outros partidos da oposição”.

“Esta prestação de contas é também a garantia de que os compromissos assumidos para o futuro serão cumpridos”, frisou, apontando que “optámos por um balanço detalhado porque, como todos sabem, os órgãos autárquicos de Torres Novas, por força da maioria absoluta do PS, mantêm uma postura restritiva no que diz respeito à divulgação pública das suas reuniões, dos seus debates, das suas decisões”.

Lembrando toda a atividade desenvolvida durante o seu mandato, Helena Pinto frisou que “foram 4 anos intensos, mas valeu a pena”.

“A primeira barreira que encontrei foi a frase 'sempre foi assim'. A segunda foi 'é uma situação muito complexa'. A terceira 'estamos obrigados a fazer assim'. Respondemos dizendo: Há sempre soluções. É preciso ter a coragem de as assumir!”, rematou a vereadora.


 

 

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