Segundo o diário El Peródico, autarquia liderada por Ada Colau suspeita que a estratégia das duas grandes companhias elétricas que dominam o mercado em Barcelona foi a de deixar vazio o concurso de 65 milhões de euros para fornecimento da iluminação pública e eletricidade nos edifícios municipais nos próximos dois anos, em protesto contra a cláusula que as obriga a aceitar as medidas públicas de combate à pobreza energética.
Mas o concurso avançou à mesma e apresentaram-se várias pequenas e médias empresas de distribuição de eletricidade. A Endesa e a Gas Natural interpuseram uma contestação em tribunal contra o concurso aberto pela gestão de Ada Colau, argumentando serem vítimas de discriminação. Segundo estas empresas, as pequenas companhias que se apresentaram apenas têm clientes em Barcelona e não são afetadas pelas medidas contra a pobreza energética.
As grandes companhias temem ainda um provável efeito de contágio aos concursos que se abrirão noutras autarquias. A autarquia de Barcelona também tem planos para que no próximo concurso, daqui a dois anos, ter já em funcionamento a sua própria empresa de distribuição elétrica, com energia produzida a partir da incineradora de Besòs, da placa fotovoltaica no Fórum e da rede de painéis solares nos telhados de edifícios públicos na cidade. A eletricidade gerada é suficiente para a iluminação pública e para os edifícios municipais, e ainda sobra para dar energia a cerca de 20 mil casas, rfere o diário El Periódico.