Aveiro: Bloco quer reverter concessão de transportes

06 de January 2017 - 15:50

Bloco faz uma avaliação negativa da concessão dos transportes públicos da cidade considerando que esta trouxe “menos oferta, pior qualidade e preços mais elevados”.

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Para os bloquistas, a melhoria da qualidade dos transportes públicos passa pela reversão da concessão a privados
Para os bloquistas, a melhoria da qualidade dos transportes públicos passa pela reversão da concessão a privados

Um artigo publicado no site do Bloco Aveiro considera que "é um imperativo urgente desenvolver desde já os mecanismos necessários para findar a concessão a privados dos transportes coletivos”, e por essa razão sublinha que “a opção do executivo [municipal] de maioria PSD/CDS, presidido por Ribau Esteves, vai contra os interesses da população”.

“2017 começou mal em Aveiro com a entrega da MoveAveiro [empresa municipal de transportes] ao privado. A autarquia desiste da definição democrática de um sistema de transportes e paga principescamente a uma empresa privada para assumir esse serviço, com redução de horários, de paragens e aumento de preços”, lê-se no comunicado.

De acordo com os bloquista, “existem agora menos carreiras disponíveis, prejudicando a mobilidade, fornecendo um serviço desajustado em particular para trabalhadores e estudantes”

Aumento de preços e degradação da qualidade de serviços

“O número de paragens foi reduzido, nomeadamente na zona das escolas em Aveiro, obrigando os estudantes a deslocarem-se à chuva até às mesmas, agravando as condições de qualidade e de segurança”, sublinham.

Segundo o Bloco, a oferta da nova empresa concessionada “foi feita não a pensar nas necessidades da população, mas sim nas oportunidades de lucro”, dando como exemplo algumas das antigas linhas da MoveAveiro que “se limitam agora ao término de linhas existentes da empresa privada, com redução de paragens e horários”.

Além destas aspectos merece igualmente critica “o aumento de preços, em especial na linha de Cacia onde o passe aumenta de 27 para 38 euros”, além da perda de direitos dos trabalhadores.

“Os direitos laborais dos trabalhadores da MoveAveiro e MoveRia foram desprotegidos, nomeadamente com enormes cortes salariais para continuar a desempenhar as mesmas funções”, denunciam os bloquistas.