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Ativistas internacionais da greve climática apelam ao apoio a Manaus
Treze membros do Fridays For Future (Greve Pelo Clima) defendem em carta aberta que o pedido de socorro por parte do “coração da Amazónia”, cujo sistema de saúde está em colapso face à Covid-19, não pode ser ignorado. Os ativistas acusam ainda o governo brasileiro de ser “ecocida e genocida” e defendem a sua renúncia.
2020/05/15 - 5:29pm
Foto de Fridays For Future Manaus.
Em declarações ao esquerda.net, Bianca de Castro, membro da Greve Climática Estudantil que subscreve a carta aberta assinada por jovens oriundos de Portugal, Suécia, Nova Zelândia, Brasil e Norte da Irlanda, explica que a mensagem chave é que “a justiça climática é justiça social” e que é imperativo garantir a solidariedade internacional para combater a catástrofe que se abate sobre o coração da Amazónia e evitar “um desastre global que nos afeta a todos”.
Na missiva, os 13 ativistas lembram que, perante o colapso do seu sistema de saúde, num momento em que ainda sequer foi atingido o pico da curva da pandemia, as “autoridades públicas do coração da Amazônia emitiram um pedido de socorro ao mundo, que não pode ser ignorado”.
Os jovens, entre os quais Greta Thunberg, exortam os países que já recuperaram os seus sistemas de saúde a evitar “a morte em massa das pessoas da Amazónia”. Na missiva, lembram ainda que o presidente Bolsonaro afirmou que o desmatamento é “cultural” no país e que não vai acabar.
“Isso é o perfil de um governo ecocida e genocida, que coloca o lucro acima de vidas, da natureza e do futuro da humanidade, e que foge quando suas irresponsabilidades e incapacidades são expostas”, escrevem.
Os ativistas climáticos defendem que “um presidente que abandona seu próprio povo” e que “não responde à altura das crises que enfrentamos” deve abandonar o cargo.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, os estudantes que tomaram as ruas do mundo em grandes manifestações públicas nos últimos dois anos apelam à preservação do futuro das atuais e das próximas gerações e que não se permita que a população da Amazónia desapareça.
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