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Assembleia da República condena femicídio por unanimidade

O parlamento aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira, um voto de pesar por “todas as vítimas de femícidio e restantes vítimas mortais de Violência Doméstica em 2019”, apresentado pelo Bloco de Esquerda.
Voto lembra que há quase vinte anos a violência doméstica passou a ser crime público, por proposta do Bloco de Esquerda
Voto lembra que há quase vinte anos a violência doméstica passou a ser crime público, por proposta do Bloco de Esquerda

O voto aprovado nesta sexta-feira foi apresentado pelo Bloco de Esquerda e sublinha que a violência doméstica “é o crime que mais em Portugal”.

Documento salienta que este ano já foram assassinadas 18 pessoas por violência doméstica, das quais 16 são mulheres e lembrando que: “nos últimos 15 anos já morreram mais de 500 mulheres às mãos da violência machista. Uma média de 35 mulheres assassinadas por ano”.

No texto recorda-se que a última vítima da violência já se tinha queixado e pedira ajuda, apontando que a “incapacidade” de responder às vítimas é “intolerável e inadmissível”. O documento lembra também que este crime, radicando numa “ cultura patriarcal de violência e dominação sobre mulheres” atinge as crianças e que nos últimos 15 anos, mais de 1.000 ficaram órfãs de mãe.

A concluir, os deputados e as deputadas dizem que têm “ a responsabilidade máxima de denunciar e condenar, mas também, obrigatoriamente, de fazer mais e melhor”.

Já em fevereiro passado a Assembleia da República (AR) tinha condenado por unanimidade o femicídio e manifestado pesar pelas vítimas de violência doméstica.

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