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Armin Laschet escolhido como sucessor de Merkel
O atual presidente da CDU (União Democrata Cristã) tinha como principal opositor o seu homólogo da CSU (União Social-Cristã), Markus Söder. Laschet obteve 77,5% dos votos da direção contra 22,5% de Söder esta terça-feira, elegendo Laschet como candidato a chanceler da República Federal da Alemanha, nas próximas eleições de 26 de setembro, sucedendo a Angela Merkel caso ganhe as eleições.
Atualmente, Armin Laschet é governador do estado da Renânia do Norte-Vestfália. Por seu lado, Söder é governador do estado da Baviera. Como líder do maior partido da união CDU-CSU, Laschet seria o candidato natural à nomeação. No entanto, as sondagens apontavam para um apoio público bastante mais expressivo a Söder, com 44%, comparado com Laschet, com 15%, lançando os dois partidos em semanas de debate sobre o melhor candidato.
Esta segunda-feira, Söder confirmou que caberia à CDU, como maior dos dois partidos conservadores, decidir quem seria o candidato de ambos à chancelaria e que acataria a decisão tomada, qualquer que fosse. Posição que reiterou esta terça-feira depois da reafirmação do apoio da CDU, o maior dos dois partidos, a Armin Laschet. "Armin Laschet será o candidato a chanceler federal da CDU-CSU", declarou Söder em Munique, relata a Deutsche Welle.
Se a discussão evidenciou divisões dentro da união conservadora, nos Verdes alemães a nomeação esta segunda-feira de Annalena Baerbock como candidata a chanceler foi anunciada quase sem debate público.
Baerbock partilha atualmente a presidência do partido com Robert Habeck, que apoia a sua nomeação. Os Verdes têm surgido em alta nas sondagens de opinião pública para as legislativas, colocando-se como sério rival ao domínio do Bundestag por parte dos conservadores desde que Angela Merkel foi eleita chanceler em 2005.
A nomeação de Baerbock pelos Verdes alemães é politicamente significativa, uma vez que apenas partidos com reais chances de elegerem o chanceler federal indicam de antemão o seu candidato ao cargo.
Os conservadores registam uma descida abrupta nas intenções de voto desde fevereiro deste ano, passando de valores próximos de 40% (que mantinha desde o início da pandemia), para agora registar apenas 27% dos votos. Em rota inversa, os Verdes sobem de 18% para 23% desde o início deste ano, acompanhados pelo AfD, de extrema-direita, relegado para quarta força política atrás do Die Linke desde o início da crise pandémica, mas que agora volta a registar ganhos nas intenções de voto. Por seu lado, o Die Linke mantém os valores à volta de 16%.
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