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Arábia Saudita bateu recorde de execuções em 2019
O relatório anual sobre a aplicação da pena de morte aponta que, em termos globais, as execuções diminuíram pelo quarto ano consecutivo, passando de, pelo menos, 690, em 2018, para 657, em 2019.
“A pena de morte é um castigo abominável e desumano, e não há provas credíveis de que previna mais o crime do que as penas de prisão. Uma grande maioria de países reconhece isso e é encorajador ver que as execuções continuam a cair em todo o mundo”, afirmou a diretora de investigação, direito e política da Amnistia Internacional, Clare Algar.
“No entanto, um pequeno número de países desafiou a tendência global, recorrendo cada vez mais a execuções. O crescente uso da pena de morte pela Arábia Saudita, inclusivamente como uma arma contra dissidentes políticos, é um desenvolvimento alarmante. O grande aumento das execuções no Iraque também é chocante”, acrescentou.
No ano passado, a maior parte das execuções ocorreu na China (mais de mil), no Irão (pelo menos, 251), na Arábia Saudita (184), no Iraque (pelo menos, 100) e no Egito (pelo menos, 32). A Arábia Saudita, o Iraque, o Sudão do Sul e o Iémen executaram mais pessoas em 2019, em comparação com o ano anterior. As minorias são as principais vítimas.
“É preciso pressão internacional sobre os últimos carrascos do mundo para acabar definitivamente com esta prática desumana”, defendeu a representante da Amnistia Internacional.
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