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Amnistia Internacional: julgamento de ativistas angolanos é “faz-de-conta”

Amnistia Internacional emitiu um comunicado pedindo a anulação do julgamento dos presos políticos angolanos e apelando a Portugal que “encoraje Angola a fazer justiça”.
Rapaz com cartaz "Presos políticos ou políticos presos?", numa concentração de solidariedade com os presos políticos de Angola. Foto de José Sena Goulão/Lusa

A sentença do julgamento dos 17 ativistas angolanos está prevista para a próxima segunda feira, depois de o processo ter passado por várias pausas e adiamentos. A Amnistia Internacional pronunciou-se uma vez mais sobre o caso, afirmando tratar-se de um julgamento de “faz-de-conta”, pedindo a sua anulação e convocou, juntamente com a Liberdade aos Ativistas Presos em Angola, uma concentração na segunda feira no Rossio, em Lisboa, às 18h.

Em comunicado, a organização afirmou que “apela desde o início para que seja anulado e os ativistas libertados imediata e incondicionalmente, uma vez que estão detidos pelo simples exercício dos seus direitos de liberdade de reunião e de expressão. Não deveriam nunca ter sido sequer detidos”.

A Amnistia Internacional acrescenta que “solicita uma vez mais a Portugal que tenha uma palavra a dizer e que encoraje Angola a fazer justiça, no contexto das relações diplomáticas entre os dois países, que partilham projetos de cooperação bilateral na área da Justiça”. A Amnistia Internacional fez uma petição pública a pedir a libertação imediata dos presos políticos, que já recolheu 41 mil assinaturas.

O processo nunca decorreu de forma pacífica. Nuno Álvaro Dala, ativista e professor universitário está em greve de fome desde o dia 10 de março, reivindicando acesso às suas contas bancárias, a entrega dos seus pertences e de resultados de exames clínicos. Manuel Chivonde Baptista “Nito Alves”, foi condenado sumariamente a seis meses de prisão e ao pagamento de 50 mil kwanzas (285 euros) em taxa de justiça, pela acusação de injúrias aos magistrados.

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