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Amnistia Internacional denuncia um ano de “atrocidades” contra os rohingya

A organização internacional denuncia a “limpeza étnica” de que os rohingya estão a ser alvo no Myanmar e urge a comunidade internacional a condenar os ataques a esta minoria.
Amnistia Internacional denuncia um ano de “atrocidades” contra os rohingya
A população rohingya tem fugido em direção ao Bangladesh. Foto de lastextremeanonymous/Flickr.

25 de agosto marca um ano desde o início da fuga de milhares de pessoas de etnia rohingya na sequência da perseguição de que são alvo pelas autoridades de Myanmar. 

“A ausência de ação por parte dos líderes mundiais está a permitir que os autores de crimes contra a humanidade nas forças de segurança no Myanmar permaneçam em liberdade”, denuncia a Amnistia Internacional. Os rohingya vêm a ser vítimas de inúmeras violações de direitos humanos naquele território. 

A norte do estado de Rajine, foram mais de 700 mil as pessoas desta etnia que tiveram de fugir em direção ao Bangladesh - isto porque as forças de segurança do Myanmar iniciaram uma ofensiva a todas as pessoas de etnia rohingya depois de membros deste grupo terem organizado um ataque armado aos postos das forças de segurança. 

A Amnistia internacional qualifica mesmo aquilo que vem a ocorrer nos últimos doze meses como “limpeza étnica”. Entre os ataques encontram-se incêndios a povoações, assassinatos, violações, torturas e a ausência de qualquer ação que lese pela segurança dos rohingya. “Não devemos permitir que isto aconteça”, afirma Tirana Hassan, diretora da Resposta às Crises da Amnistia Internacional. 

O governo do Myanmar assinou com a ONU um pacto de repatriação dos refugiados rohingya no Bangladesh, embora este não tenha ainda sido posto em prática. Mas a Amnistia Internacional mantém a crítica, dizendo que para esse pacto surtir efeito são necessárias reformas profundas a norte do estado de Rajine. 

A associação de defesa de direitos humanos defende ainda que “os Estados devem pressionar o Myanmar a desmantelar o seu sistema de aparteis e permitir que a população rohingya e todas as outras minorias étnicas tenham acesso aos seus direitos de nacionalidade e à liberdade de circulação”. 

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