A Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela (CLAPA), denunciou através de um comunicado publicado nas redes sociais que, na noite de sábado, houve uma descarga poluente no rio Alviela. Segundo a associação ambientalista, “em diversos locais da freguesia de Pernes, num raio de ação de cerca de dois quilómetros, abrangendo toda a zona ribeirinha, o espaço central, desde as zonas mais altas até ao Alto da Chainça que entronca com a estrada que vai para Arneiro das Milhariças, o perfume nauseabundo das agropecuárias intensivas, pertencentes ao grupo económico Valsabor, invadiu as habitações e incomodou sobremaneira as pessoas que ali residem”.
A CLAPA considera tratar-se de uma “nova agressão ambiental” de agropecuárias “que perturbam vezes sem conta a qualidade de vida e a saúde das pessoas”. Em causa está também a destruição da biodiversidade do corredor do rio Alviela.
Os ambientalistas exigem a criação de um quadro de guarda-rios “que assegure a defesa, a vigilância, a manutenção e a conservação durante todos os dias do ano”, a realização de análises regulares à água do rio Alviela nos diversos pontos “onde costumam acontecer estes incidentes de poluição e a respetiva divulgação pública”, a monitorização da água, do ar e dos solos que confinam com o rio Alviela e a “instalação de Gabinetes de trabalho de diversos organismos dos ministérios do Ambiente, da Agricultura, da Administração Interna, da Saúde, junto ao rio Alviela” porque, alegam, “quem decide sobre o Alviela deve estar sediado junto ao Alviela”.
Pretendem ainda que o Plano de Recuperação e Resiliência seja utilizado “para libertar todo o rio Alviela da Poluição”.