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Ambientalistas acusam BNP Paribas de financiar desflorestação da Amazónia
E se o BNP Paribas fizesse uma campanha publicitária honesta mostrando como contribui com milhões de dólares para a desflorestação? Este foi o desafio que o Extinction Rebellion Portugal levou à sede deste banco que acusa de ser o principal financiador da destruição da Amazónia com mais de 3.000 milhões de dólares emprestados a empresas que destroem activamente a floresta.
Só que, diz o Extinction Rebellion, o banco dono da empresa de crédito Cetelem não é sincero e atua “sob um manto de desinformação e propaganda publicitária”. Não é assim conhecido que este é “o principal responsável pelo financiamento da ADM da Cargill e Louis Dreyfus Company (comerciantes de soja global), da JBS e da Minerva, três principais processadoras de carne bovina do Brasil com operações importantes na Amazónia”.
Os ecologistas acusam estas empresas de serem “responsáveis por cerca de 91% da destruição da Amazónia”. E, assim, com o seu financiamento, o BNP Paribas é “o actor principal desta catástrofe” lucrando com a destruição da Amazónia.
Para melhor ilustrar isto, os ativistas ambientais fizeram cartazes publicitários que afixaram na sede do banco e folhetos falsos que distribuíram. O objetivo é não deixar esquecer que “por detrás de cada activista assassinado, de ações e inações governamentais, de apropriação de terras indígenas na Amazónia, existe um motivo supremo: o lucro de empresarial, que não abdica de crescer por qualquer motivo, nem mesmo se estiver em causa a extinção de ecossistemas e populações humanas”.
Contra o greenwashing pinturas de guerra, pelo clima cinema artivista
Na passada segunda-feira aconteceu outra ação de protesto dirigida a uma empresa cuja ação os ambientalistas contestam. A Climáximo foi à sede da empresa de celulose Navigator denunciar que esta se promove como ambientalista em “repetidas campanhas enganosas” de greenwashing ao mesmo tempo que “degrada os territórios onde intervém” favorecendo a desertificação e os incêndios florestais. Por isso, os participantes do protesto apresentaram-se em tom “verde-cinza” acreditando que “por baixo da tinta verde da sua propaganda, está a cinza da devastação”.
A caminho da greve climática estudantil da próxima sexta-feira está ainda a acontecer o CineClima. “100% sobre clima e direitos humanos; 100% gratuito; 100% voluntário; 100% descentralizado; 100% político e apartidário; 100% respeitador dos direitos de autor”, este ciclo está a apresentar mais de 40 sessões de cinema e debate até ao final desta semana. A iniciativa é promovida pela 2 degrees of artivism, uma associação que junta o ativismo ambiental com a arte e conta com o apoio de mais de 30 organizações nacionais e internacionais, entre as quais a Amnistia Internacional, Climate Save Portugal, Climáximo, Extinction Rebellion, Greve Climática Estudantil, Rede 8 de Março, ZERO e Universidade Lusófona.
Para além disto, em vários locais, estão a fazer-se oficinas de preparação de cartazes para a greve. Em Serpa, no Porto e em Braga por exemplo. Na sexta-feira, existirão eventos no âmbito da greve climática estudantil em, pelo menos, 170 países. Em Portugal estão marcados 25 eventos. No mundo inteiro, para já, são 6383.
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