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Amadora: Catarina antevê “derrota eleitoral e moral” do PSD e quer tirar maioria absoluta ao PS

A reeleição da Deolinda Martin “é o que pode permitir que o PS não tenha maioria absoluta e que a esquerda possa ter uma palavra na governação da cidade”, com “avanços determinantes em áreas como a habitação, transportes, vida e segurança do concelho”.
 A Amadora pode e deve ter uma vida de concelho e não uma vida de dormitório”, explica Catarina Martins, na imagem com Deolinda Martin. Foto de esquerda.net
A Amadora pode e deve ter uma vida de concelho e não uma vida de dormitório”, explica Catarina Martins, na imagem com Deolinda Martin. Foto de esquerda.net

No início de um novo ano letivo, a vereadora do Bloco de Esquerda na Amadora, Deolinda Martin, professora de carreira na Amadora que se recandidata nestas eleições autárquicas, acompanhou Catarina Martins esta tarde numa visita à Escola Secundária Seomara da Costa Primo.

Para a atual vereadora bloquista na Câmara da Amadora, a escola pública “é um pilar na estratégia de inclusão, de combate às desigualdades sejam de origem étnica, racial, económica ou de orientação sexual! Na Amadora, como no país, exige-se que a escola pública de qualidade seja a resposta a este desafio”, afirmou Deolinda Martin ao Esquerda.net.

Aos jornalistas, Catarina Martins enalteceu o trabalho daquela comunidade escolar. “Esta escola não recusa nenhuma criança. Tem alunos de 35 nacionalidades, com alunos no percurso educativo normal e alunos que voltaram à escola para recuperarem qualificações”, explica a coordenadora do Bloco de Esquerda. Por isso, diz, “é bom não esquecermos nunca o papel fundamental da escola pública na construção da democracia e das nossas comunidades”.

Apesar da requalificação recente desta escola, Catarina diz que “sabemos que há problemas. Os professores foram colocados muito tarde. Continua a haver falta de assistentes e auxiliares nas escolas. As escolas têm crescentes responsabilidades e não têm tido o apoio necessário para lhes responder. Esta escola, ainda com as dificuldades, já fez o rastreio dos seus trabalhadores e pessoal docente e não docente. Continua um projeto de excelência”, diz ainda.

Falou de seguida sobre os problemas do concelho a que o Bloco de Esquerda quer responder. “Não nos esquecemos dos problemas de alojamento em bairros precários na Amadora e o facto de a Câmara Municipal estar a fazer realojamentos com base no levantamento das famílias feito há vinte anos”. Algo que é absurdo considerando que “as crianças e jovens que estão nesta escola não existiam quando o levantamento foi realizado”.

“O Bloco de Esquerda tem lutado muito para que todas as famílias sejam respeitadas e a Deolinda tem feito o trabalho extraordinário de acompanhar estas pessoas enquanto o Partido Socialista mandava demolir os seus alojamentos”, relembrou.

Existem também problemas de transportes na Amadora “com freguesias onde praticamente não existem transportes coletivas, ficando isoladas do resto do concelho”. Simultaneamente, “o pequeno comércio está fechado e falta iluminação pública”. Estes problemas, no seu conjunto, “criam uma problema de segurança pública que afeta sobretudo os trabalhadores por turnos. A Amadora pode e deve ter uma vida de concelho e não uma vida de dormitório”, explica.

Questionada sobre a campanha da direita, Catarina considera que “o PSD terá na Amadora uma enorme derrota eleitoral porque vai ter muito poucos votos. E terá também uma enorme derrota moral, porque se deixou instrumentalizar por quem quer ter uma carreira política que não tem nada a ver com a Amadora e insulta a Amadora ao fazer essa imitação de extrema-direita”.

“O que está verdadeiramente em causa nestas eleições na Amadora é saber se o Partido Socialista tem maioria absoluta ou não. E a reeleição da vereadora do Bloco de Esquerda é o que pode permitir que o PS não tenha maioria absoluta e que a esquerda possa ter uma palavra na governação da cidade, e possa haver avanços determinantes em áreas como a habitação, transportes, vida e segurança do concelho. O país sabe que quando o Bloco de Esquerda tem força é capaz de propor novas soluções que respondem às necessidades do país”, concluiu.

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