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Aljezur: centenas manifestam-se contra sondagens de petróleo

Centenas de pessoas participaram este sábado, em Aljezur, numa festa/manifestação para protestar contra o furo de sondagem de petróleo levado a cabo pelo consórcio GALP/ENI e cuja realização está marcada para a próxima sexta-feira.

Este protesto que teve como palavra de ordem “Nem um furo! Nem agora...nem no futuro”, destinou-se a apelar à participação popular na consulta pública que termina a 3 de agosto após o adiamento de um mês e também sensibilizar as populações para exercerem pressão sobre os grupos parlamentares dos partidos para que estes votem a favor da suspensão da sondagem de petróleo que está prevista para a próxima sexta-feira.

Nesta iniciativa participaram diversos grupos musicais como os “ Música OFF the Lip", "Pouca Terra" e Pedro Mesquita dos "Sete Magníficos".

No decurso desta ação de sensibilização houve ainda intervenções de membros da Associação de Surf e Actividades Marítimas do Algarve (ASMAA), Preservar Algarve-Aljezur e Odeceixe, Stop Petróleo de Vila do Bispo, Tavira em Transição e Climáximo, de Lisboa.

Para os organizadores desta iniciativa a sondagem é um "insulto" às populações do litoral alentejano e algarvio.

Preservar o ambiente e o território

“Não queremos nenhum furo em Aljezur, em Faro ou em Tavira. Nem em Peniche, na Figueira da Foz ou em qualquer outro local do país", afirmam, acrescentando ainda que “os contratos que entregaram os nossos mares e terras à exploração petrolífera não ofendem apenas a lei, a protecção ambiental e a falta de consulta popular, representam a destruição do território que as anteriores gerações nos deixaram e que cabe a nós preservar”.

A defesa da qualidade de vida manifesou-se também através da música. Foto de João Camargo.

A defesa da qualidade de vida ganhou também expressão através da música.

Consideram ainda que estes contratos põem em causa o nosso futuro e representam uma enorme ameaça para a região, para o país e para o próprio planeta, que se quer limpo e sustentável.

Desta forma, dizem conhecer os “interesses e influências” que movem a indústria do petróleo estando, por isso, a par da “economia paralela, do suborno, dos jogos de bastidores, da força para além da lei, que devastou e devasta tantos países, onde supostamente os recursos petrolíferos seriam uma benção para os povos, mas que nunca passam de uma maldição, deixando atrás de si um rasto de corrupção, poluição e desigualdades sociais”.

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Termos relacionados Petróleo em Portugal, Ambiente
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