“Hoje, [dia 14] na Unidade de Saúde Familiar (USF) Lauroé, no Centro de Saúde de Loulé, algumas consultas foram realizadas com a chuva a cair dentro do gabinete. Na Unidade de Saúde Familiar de Albufeira chove em dois gabinetes. Os utentes estão a reclamar no livro amarelo por serem atendidos nestas condições”, denunciou em comunicado a direção regional do Algarve do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
O comunicado refere ainda que, estas duas unidades “funcionam em contentores que têm vindo a degradar-se ao longo dos anos” sendo afetados por “infiltrações de água que comprometem o sistema elétrico e o funcionamento dos telefones, bem como a integridade dos equipamentos, nomeadamente informáticos”.
Ausência total de condições
Para o SEP “é inadmissível que os utentes estejam sujeitos a estas condições, num espaço físico que deveria ser um exemplo de promoção da sua Saúde.
“Exige-se que os profissionais tenham um ambiente de trabalho seguro”, frisou a estrutura sindical.
A nota da estrutura sindical refere ainda a existência de casos de funcionários com queixas de “reações alérgicas do foro respiratório e dermatológico”, que os profissionais de saúde “atribuem ao isolamento térmico/acústico do contentor que está podre”.
A Lusa contactou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve sobre a situação e o presidente, João Moura Reis, disse que “só tomou conhecimento destes casos pela imprensa”, tendo afirmado que "mal teve conhecimento", enviou técnicos do gabinete de instalações e equipamentos para Loulé e Albufeira para "tratarem da questão".