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Alemanha: CDU e SPD querem expulsar imigrantes europeus desempregados

O governo do bloco central na Alemanha comemorou os primeiros cem dias de mandato com a apresentação de uma proposta para acabar com a "imigração da pobreza": expulsar os cidadãos da UE ao fim de três meses sem encontrar emprego no país.
Angela Merkel e Sigmar Gabriel, líderes da CDU e SPD, querem expulsar imigrantes europeus desempregados. Foto Governo alemão/Flickr

A medida está prevista num estudo promovido por vários ministérios e foi apresentada esta semana numa conferência de imprensa dada pela ministra do Trabalho Abdrea Nahles, do SPD, e pelo seu colega de governo Thomas de Maizière, da CDU, que detém a pasta do Interior.

O alvo desta medida são os imigrantes provenientes da Roménia e Bulgária, mas todos os restantes imigrantes europeus no país (incluindo os mais de 170 mil portugueses registados em 2012) podem sofrer se avançar a proposta da coligação de governo liderada por Angela Merkel. 

O lançamento da proposta a dois meses das eleições europeias está também a ser lido pelos observadores como uma tentativa de ganhar o apoio do eleitorado mais à direita, depois do líder da CSU (partido coligado com a CDU de Merkel) ter proposto a eliminação das prestações sociais para os imigrantes nos três primeiros meses de estadia na Alemanha, depois de chamar "perigosos turistas sociais" aos imigrantes búlgaros e romenos. Mas os que criticam o "turismo social" dos cidadãos europeus na Alemanha escondem que a taxa de emprego dos cidadãos alemães e comunitários é sensivelmente a mesma (74,2% e 72,1%, respetivamente). 

No relatório apresentado esta semana, para além dos prazos de três ou seis meses para os imigrantes europeus encontrarem emprego sob pena de expulsão, destacam-se outras propostas como a expulsão e proibição de regresso aos imigrantes que receberem prestações sociais indevidas, que também levanta questões de conformidade com a legislação europeia.

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