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Administradores dos maiores bancos receberam 25 milhões em 2021

Os administradores dos cinco maiores bancos a atuar em Portugal receberam 25 milhões e os presidentes executivos auferiram 3,5 milhões. O presidente do Santander teve a maior remuneração: 1,5 milhões. Recorde-se que o Santander cortou 1.400 postos de trabalho.
Santander, o banco que mais pagou ao CEO e mais empregos cortou no ano passado - Foto de Fernando Villar/EPA/Lusa
Santander, o banco que mais pagou ao CEO e mais empregos cortou no ano passado - Foto de Fernando Villar/EPA/Lusa

O total das remunerações dos cinco maiores bancos a atuar em Portugal – Santander, BCP, BPI, Novo Banco e CGD – foi de 25 milhões de euros, montante semelhante ao que receberam em 2020, que foi de 26 milhões.

Em 2020, a Comissão Europeia, a Autoridade Bancária Europeia e o Banco Central Europeu emitiram vários alertas para os bancos limitarem as remunerações devido às incertezas económicas. No entanto, alguns dos cinco maiores bancos a atuar em Portugal aumentaram as elevadas remunerações dos seus administradores. Foi o caso do Santander e do BCP, segundo refere o “Jornal de Notícias”.

Santander: a maior remuneração do CEO e o maior corte de empregos

Pedro Castro e Almeida foi o CEO mais bem pago em 2021, receberá 1,5 milhões de euros, entre remunerações fixas e variáveis. Já recebeu mais de um milhão de euros e receberá mais cerca de 500 mil euros até 2027 (ver notícia no esquerda.net)

Além disso, o Santander já distribuiu este ano 480 milhões de euros aos acionistas, relativos apenas a 2019 e poderá vir a distribuir mais dividendos relativos a 2020 e 2021.

De sublinhar ainda que o Santander reduziu 1.400 postos de trabalho, entre o final de 2020 e julho de 2021. Neste processo de redução não faltaram as ameaças e chantagens aplicadas pela administração.

Em relação ao BCP, os 17 administradores receberam 7,5 milhões em 2021, mais 430 mil euros que em 2020. O jornal refere ainda que Miguel Maya, o presidente executivo do BCP, o segundo mais bem pago entre os CEO dos cinco bancos, recebeu 947 mil euros em 2021 (uma ligeira queda face a 2020 e mais 888 mil euros em relação a 2019). João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, recebeu 743 mil euros; o CEO do Novo Banco recebeu 410 mil euros, mas pode receber mais pois a administração propôs prémios de 1,6 milhões de euros relativos a 2021. Estes prémios só poderão ser pagos após o aval da Comissão Europeia à conclusão do plano de reestruturação.

A CGD pagou 3,4 milhões aos administradores e o seu CEO, Paulo Macedo, recebeu 423 mil euros, tal como em 2020. Os administradores executivos não tiveram remuneração variável.

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