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Açores: Bloco exige apoio a pais que vão perder rendimentos devido a encerramento de escolas

Face às novas medidas de contenção da crise pandémica na Região Autónoma dos Açores, o Bloco de Esquerda/Açores exige ao Governo Regional que apoie os pais que vão perder rendimentos devido ao encerramento de escolas, garantindo o salário completo e a gratuitidade de creches e jardins de infância.
O executivo regional da coligação PSD/CDS/PPM anunciou esta sexta-feira o encerramento das escolha na ilha de São Miguel até pelo menos 15 de janeiro.
António Lima, coordenador regional do Bloco de Esquerda, considera ser necessária a implementação imediata de “um apoio que garanta a totalidade do salário aos pais que terão de faltar ao trabalho para apoiar os filhos”.
E exige “que o pagamento da mensalidade das creches e jardins de infância seja integralmente assumido pelo Governo Regional”.
“É inaceitável que o Governo determine mais um encerramento generalizado dos estabelecimentos de ensino – contradizendo aquilo que a Autoridade de Saúde vinha a defender – sem criar este apoio, o que constitui uma inaceitável penalização das famílias em altura de crise”, afirma o deputado regional.
Os deputados do Bloco acusam o executivo de “uma enorme desorientação” ao sujeitar “milhares de crianças – incluindo do pré-escolar – a um teste invasivo para logo a seguir encerrar todos os estabelecimentos de ensino”.
Nas medidas hoje anunciadas pelo Governo Regional, inclui-se o encerramento de todos os estabelecimentos escolares, limitação de ajuntamentos na via pública a quatro pessoas e o encerramento de cafés e restaurantes às 15:00, mantendo serviço de entrega ao domicílio ou ‘take-away’.
Está também proibida a circulação entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana e a partir das 15:00 ao fim de semana e o comércio local e centros comerciais devem encerrar às 20:00.
Por outro lado, haverá "obrigatoriedade de teletrabalho, sempre que as funções e a atividade o permitam" para pessoas com mais de 60 anos ou que tenham determinadas patologias e, no caso de não ser possível, será obrigatório o "desfasamento de horário".
As medidas vão vigorar durante o período do novo estado de emergência, até 15 de janeiro, e serão aplicadas apenas à ilha de São Miguel, onde se têm registado mais casos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.
Os Açores têm atualmente 564 casos positivos ativos de infeção, dos quais 519 na ilha de São Miguel, 39 na ilha Terceira, três na ilha das Flores e três na ilha do Faial.
Desde o início do surto foram detetados na Região Autónoma 2.346 casos, tendo-se registado 22 óbitos e 1.666 recuperações.
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