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“Acordo permitiu a recuperação dos rendimentos do trabalho”

Catarina Martins participou, este sábado, no Fórum de Ideias Por Um País Justo e Solidário, promovido pela candidatura presidencial de Marisa Matias, onde afirmou que vivemos, nos últimos anos, uma estratégia imposta pela direita, assente na ideia de que poderíamos “reconquistar a competitividade da economia do país através de baixos salários”, e de que “o país iria ser capaz de atrair investimento se o Estado fosse cada vez mais reduzido e se desregulassem, cada vez mais, os vários setores de atividade”, estratégia que considerou ter levado ao empobrecimento do país e das pessoas que vivem do trabalho.
Sobre o acordo em que o Bloco de Esquerda se envolveu “para parar o empobrecimento em Portugal”, explicou que o caminho passa por colocar “a recuperação de rendimentos na linha da frente”, através da baixa de impostos sobre o trabalho, do aumento do salário mínimo e da reposição dos salários da função pública”, e através de um maior respeito pelas pensões. Destacou igualmente o compromisso obtido para “reverter as concessões a privados dos transportes públicos coletivos de Lisboa e Porto”, e parar as privatizações, protegendo recursos dentro do país. Contudo, sublinhou que o acordo “não tem o rasgo suficiente para fazer uma transformação para o pleno emprego e para uma recuperação de rendimentos que possa compensar tudo aquilo que foi o empobrecimento das pessoas nos anos da troika”.
A porta-voz do Bloco sublinhou, ainda, que “em cada corte de salários e pensões, em cada aumento de impostos para a generalidade da população, esteve a recapitalização da banca, o pagamento de dívidas que não são de quem vive e trabalha em Portugal”, e que foi essa dívida que gerou a crise e essa “gigantesca mentira da direita, que depois de ter dito que fez uma saída limpa, no momento em que sai do Governo, deixa este buraco grande como sempre, e maior do que nunca, no que respeita às perdas dos contribuintes”.
Catarina Martins lembrou que o Bloco de Esquerda tem vindo a propor alterações de regras que são essenciais, como “auditores que não pagos pelos próprios bancos”, “controlo público sobre dinheiro público” e não dinheiro público a responder a regras e interesses privados, e “proteger quem se dirige à banca, e que de saber o que é que comprar num balcão, para que não tenhamos lesados das várias crises bancárias”.
Quanto à candidatura de Marisa Matias a Presidente da República, que apoia publicamente, disse que é a escolha que representa “ter no Palácio de Belém quem saiba falar pelos direitos sociais que estão na Constituição”, destacando que Marisa é a única que nestas eleições fala da Constituição por inteiro.
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Como assim "por inteiro"?
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