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ACNUR pede políticas “eficazes” para enfrentar nova vaga de refugiados

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou a União Europeia para um novo afluxo de refugiados e pediu políticas para melhorar a proteção daqueles que se dirigem para a Europa.
ACNUR pede mais proteção para os refugiados
ACNUR pede mais proteção para os refugiados

Vincent Cochetel, diretor para a Europa do ACNUR, proferiu estas declarações na Comissão do Interior, Justiça e Liberdades Civis (LIBE) do Parlamento Europeu sobre as propostas do comissariado com vista a melhorar a proteção dos refugiados no seio da UE.

"O que ocorreu em 2015- que registou um milhão de chegadas - não deveria repetir-se", afirmou aquele responsável que não hesitou tecer criticas aos dirigentes europeus por não terem delineado um “plano B”.

Melhorar as vias de acesso”

Cochetel pediu à UE que se prepare para novos fluxos de refugiados e imigrantes, algo que não se pode descartar tendo em conta que a situação nos países vizinhos dos Estados-membros não mudou substancialmente nos últimos meses.

Desta forma, o responsável daquela organização reafirmou a necessidade de a União Europeia melhorar as vias de acesso seguro permitindo, desta forma, que os migrantes entrem legalmente no espaço territorial da UE, e insistiu igualmente na criação de alternativas às chegadas irregulares, tendo referido que os acordos com países africanos devem igualmente facilitar as entradas.

Note-se que em setembro de 2015, a União Europeia assumiu o compromisso de realojar em dois anos 160 mil requerentes de asilo a partir da Grécia e Itália e a recolocar 22.504 pessoas que já tinham o estatuto de refugiado reconhecido pelas Nações Unidas.

No entanto, os responsáveis europeus falharam em toda a linha, pelo que só 8162 requerentes de asilo tinham sido realojados. Destes, 6.212 a partir da Grécia e 1.950 desde Itália, sendo que 13.800 refugiados com estatuto reconhecido num país terceiro tinham sido recolocados no início de dezembro de 2016.

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