No dia 21 de dezembro naufragou, junto à ilha grega de Folegandros, uma embarcação que transportava entre 30 e 50 migrantes. Apesar de se manterem as operações de busca e salvamento, a cargo da Guarda Costeira grega, apenas foram resgatadas, com vida, até ao momento, cerca de 13 pessoas que se encontram acolhidas na ilha grega de Santorini.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) já lamentou, em comunicado, no dia 23 de dezembro, mais este naufrágio que tem o potencial para se tornar o pior de 2021. Adriano Silvestri, representante do ACNUR em Atenas, lembrou que: “O naufrágio é uma recordação dolorosa das pessoas que continuam a embarcar em viagens perigosas para ir à procura de segurança”.
O ACNUR estima que, desde janeiro até finais de novembro, mais de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram no mar na tentativa de chegar à Europa. Silvestri afirmou que a criação de rotas de migração regulares e seguras evitariam o recurso a traficantes e podiam evitar estas mortes trágicas.
Sabe-se que, até agora, três navios de diferentes ONG, com cerca de 800 migrantes resgatados/as no Mediterrâneo central, aguardam no mar há vários dias, em condições climáticas adversas, que países da região os autorizem a atracar num porto para desembarcar as pessoas migrantes.
Segundo a agência Lusa, a organização humanitária alemã Sea Eye informou que as 214 pessoas migrantes que resgatou no mar Mediterrâneo vão desembarcar na cidade italiana de Pozzallo, na Sicília, após cinco dias no mar, e depois de Malta ter negado o desembarque.
O navio ‘Ocean Viking’, da ONG SOS Mediterranée, com 114 homens, mulheres e crianças que partiram há vários dias na Líbia, ainda aguarda por um porto, sendo que o navio com mais migrantes a bordo é o ‘Geo Barent’, dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), que transporta 458 pessoas e que também aguarda autorização do desembarque.