A substituir Lotta Lotass estará Eric Runesson, jurista, e a substituir Kerstin Ekman estará Jila Mossaed, escritora.
Lotass, Ekman e outros dois membros renunciaram ao seu cargo em maio deste ano. Outros quatro membros retiraram-se temporariamente.
A Academia Sueca ainda não revelou o que sucederá à poetisa Katarina Frostenson, cujo marido, Jean-Claude Arnault, artista, foi condenado na passada segunda-feira a dois anos de prisão por um caso de violação de uma mulher cometido em 2011.
Na origem do escândalo que motivou o adiamento para 2019 no Nobel da Literatura de 2018, estiveram denúncias de 18 mulheres a um jornal sueco em novembro do ano passado sobre os abusos cometidos por Arnaut, que tinha fortes ligações à Academia através de Frostenson. Na sequência disto, a Fundação Nobel e a Casa Real exigiram a saída de Frostenson.
A Academia Sueca pediu uma auditoria e concluiu que Arnault não tinha influenciado em decisões sobre prémios e ajudas, embora o seu clube literário tenha recebido apoio económico que não respeitou regras de impacialidade, já que Frostenson era coproprietária.
A decisão de adiar a entrega do Nobel foi muito controversa e implicará que sejam atribuídos dois prémios em 2019. Isto foi justificado com a perda de confiança na instituição.