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Abrantes: Catarina lembra luta contra descargas ilegais e pede “coragem” para proteger o Tejo

A coordenadora do Bloco acompanhou o vereador Armindo Silveira na visita a um açude mal feito em Abrantes, que provocou toneladas de peixes mortos e a Câmara não criou alternativas. Catarina Martins salientou a importância da luta ambiental e a coragem de enfrentar os grandes poderes.
Catarina Martins em Abrantes - Foto de Andreia Quartau
Catarina Martins em Abrantes - Foto de Andreia Quartau

Catarina Martins esteve esta sexta-feira em Abrantes, acompanhada pelo vereador do Bloco, Armindo Silveira, onde visitou uma obra mal feita pelo Governo Sócrates.

A coordenadora bloquista contou que no local que visitava foi feito um açude, “dizendo que ia transformar isto aqui num espelho de água, numa zona turística, nada disso acontece”. “O que aconteceu foi que o dano ambiental desta construção foi tão grande que nem atividades turísticas, nem atividades económicas tradicionais, nomeadamente a pesca”, explicou a coordenadora bloquista, denunciando “situações terríveis”, “toneladas de peixes mortos por este açude não funcionar”. Neste caso, houve responsabilidade do Governo Sócrates e “a autarquia não faz manutenção nem criou alternativas, desresponsabiliza-se permanentemente”, acusou.

“As questões ambientais são fundamentais nas decisões que são tomadas, e têm sido tomadas decisões que são verdadeiramente desgraçadas, do ponto de vista ambiental e depois também para as populações como esta que está aqui à vista”, disse a coordenadora bloquista.

Proteger o Tejo

Catarina Martins afirmou que “esta zona precisa do Tejo e o Tejo é um rio que tem sido alvo dos mais variados ataques”, acrescentando que “tem problemas de caudal”, “problemas locais” e “problemas de poluição”.

A coordenadora do Bloco salientou que o partido tem tomado posição sobre os problemas do Tejo, tem combatido as descargas ilegais, tem defendido o Tejo e agradeceu a ação do vereador Armindo Silveira e do ativista Arlindo Marques, sublinhando a importância da “coragem para enfrentar os interesses económicos”. Lembrou as descargas constantes da Celtejo e a atitude passiva da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“Neste momento, é importantíssimo ter essa capacidade de lutar pelas questões ambientais, pelas questões da saúde pública, pelas questões do serviço público e ter a coragem de enfrentar os grnades poderes económicos”, salientou, denunciando que muitas vezes têm tomado decisões que “têm vindo a poluir os rios, a matar os peixes e a economia local”.

Armindo Silveira: “Por um desenvolvimento sustentável”

Em declarações ao esquerda.net, Armindo Silveira vereador e cabeça do Bloco à Câmara de Abrantes, afirma que, sobre o açude visitado, “é preciso concluir o estudo sobre as espécies piscícolas e o que é preciso fazer na escada passa-peixe, para saber as alterações a efetuar”.

Sobre os problemas da região, alerta para os “reduzidos caudais do Rio Tejo”, salientando que “os agricultores não conseguem captar água”.

Sobre os problemas do Tejo, o vereador do Bloco é preciso “ter presença mais ativa, para rever a Convenção de Albufeira”, para criar uma “gestão única – Portugal e Espanha – do rio Tejo, de montante para jusante”. Afirmou ainda que “tem de haver curriculo ambiental para empresas e gestores, e haver proteção com estatuto do ativista”.

“Cada vez mais as questões ambientais são importantes”, defende Armindo Silveira, salientando a importância da “sustentabilidade do rio Tejo”, acrescentando que estas questões “fortalecem a economia local, para a qual o bom ambiente é essencial”.

A concluir, Armindo Silveira lembra que a palavra de ordem da campanha do Bloco é “Por um Desenvolvimento Sustentável” e sublinha que o Bloco de Esquerda dá voz a estas pessoas que lutam pelo ambiente, “defende uma economia não poluente e para preservar o ambiente”. “Toda a pessoa conta”, salienta ainda.

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