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Abatimentos nas minas de Jales isolam aldeias

A Estrada Municipal que liga as aldeias de Campos de Jales, Cidadelhe de Jales e Reboreda a Vila Pouca de Aguiar está encerrada desde 22 de novembro após vários abatimentos. Os abatimentos acontecem desde 2015 e são decorrentes de vazios de exploração das antigas minas de Jales.
Foto de Belarmino Ribeiro
Foto de Belarmino Ribeiro

Mais de mil munícipes do concelho de Vila Pouca de Aguiar, habitantes das aldeias de Campos de Jales, Cidadelhe de Jales e Reboreda estão neste momento impossibilitados de circular na principal estrada de acesso a Vila Pouca de Aguiar. O encerramento da estrada afeta também o transporte escolar que servia estas localidades. Esta decisão vem na sequência de vários abatimentos que põem em risco a segurança das populações e das habitações.

A exploração das antigas minas de Jales encerrou em 1992, mantendo-se as galerias e vazios de exploração. O primeiro abatimento aconteceu em 2015, foi reportado pela autarquia à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e à Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), mas na notícia do Público desta quinta-feira, o Ministério do Ambiente, que tem a tutela da DGEG e da EDM, admite que os trabalhos de monitorização, estudos e ensaios de suporte técnico só avançaram em 2019. Ainda não são conhecidos os resultados destes estudos, mas a EDM deverá ter essa informação até ao final desta semana e então definir a estratégia de intervenção.

Decorrente dos trabalhos de monitorização do ano passado a EDM aconselhou a câmara municipal a interditar a estrada em questão a 7 de maio de 2019. A 30 de maio o pedido foi formalizado por carta, e novamente a 5 de setembro, mas a autarquia só viria a interditar definitivamente a estrada a 26 de novembro, após um novo abatimento.

Existem promessas de reativação das minas de Jales há anos. Em 2012 chegou a ser assinado um contrato de concessão que por incumprimento do concessionário foi novamente resgatado. Ao Público o autarca de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, afirmou que “O secretário de Estado da Energia [João Galamba] disse-me, em Março, que iriam lançar o concurso até Junho”.

Artigo publicado em Interior do Avesso

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