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3500 professores entram para os quadros

Esta terça-feira, o Ministério da Educação anunciou a vinculação de 3500 professores aos quadros de docentes. Desse número, 2084 conseguiram o vínculo através do concurso extraordinário e 1236 através da “norma-travão”.
Estes resultados surgem numa altura em que os professores estão em conflito com o Ministério da Educação devido à contabilização do tempo de serviço.
Estes resultados surgem numa altura em que os professores estão em conflito com o Ministério da Educação devido à contabilização do tempo de serviço. Fotografia de Paulete Matos.

A estas irão ainda somar-se “as 121 vagas da norma-travão para os docentes do ensino artístico especializado da música e da dança e as 45 vagas para o concurso de vinculação extraordinária do pessoal docente das componentes de audiovisuais e artes visuais”.

Estes concursos são lançados de quatro em quatro anos para que as escolas indiquem as suas necessidades permanentes, o que obriga à entrada de docentes para os quadros através de concursos internos e externos (para professores nos quadros que querem mudar de zona ou escola e para professores contratados entrarem nos quadros). No entanto, podem ser antecipados, como aconteceu com o concurso interno, ou extraordinário.

Este ano, o concurso interno aconteceu antecipadamente por imposição da Assembleia da República. Assim, em dois anos, entraram para os quadros do Ministério cerca de sete mil professores.

Estes resultados surgem numa altura em que os professores estão em conflito com o Ministério da Educação devido à contabilização do tempo de serviço.

Em declarações ao Esquerda.net, Joana Mortágua, deputada do Bloco, diz que, para o partido, “uma das prioridades de investimento na escola pública tem sido o fim da precariedade”. “Uma educação pública de qualidade não é compatível com milhares e milhares de professores que sem estabilidade nem direito à carreira saltam de escola em escola todos os anos", acrescenta.

Assim, é necessário “contrariar o desinvestimento que durante a troika retirou milhares de professores das escolas e os precarizou.” “As escolas precisam de estabilidade do corpo docente para desenvolver os seus projetos educativos. O negociado foi não vincular menos do que o ano passado através de norma travão e concurso extraordinário”, terminou.

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